No terceiro episódio de 'Fringe' tivemos a 'estréia' do âmbar, que irá aparecer com muita frequência nas temporadas seguintes, incluindo a última. |
Este é um episódio no qual vemos que mais um dos antigos projetos de Walter para o governo dos EUA acabou gerando uma série de desdobramentos.
Enquanto um homem, Roy McComb, vai a uma igreja para conversar com um padre a respeito de visões que o deixam muito perturbado, um ônibus sofre um atentado terrorista (com o uso de um gás desconhecido até então), matando a todos os que se encontravam no mesmo, com a exceção, é claro, do responsável pelo crime, que usa uma máscara de oxigênio e consegue sair ileso do veículo.
Roy joga no chão da igreja o desenho que fez do atentado, antes mesmo que este acontecesse. Policial descobre o ônibus com todas as pessoas mortas dentro do mesmo e os membros da 'Fringe Division' vão até o local investigar o incidente.
Olívia e Charlie vão ao enterro de John Scott, que é tido como um herói, e ela demonstra que ainda sofre muito pela maneira como teria sido enganada e usada por ele.
E como se isso não fosse suficiente, ainda existia uma forte suspeita, neste momento, de que John estava envolvido com organizações terroristas que promovem atentados usando armas biológicas e, logo, seria um traidor da pátria.
Nesta época, Charlie era a única pessoa na qual Olívia confiava plenamente e diz para ele que se sentiu traída e e usada por John.
Peter e Walter vão juntos à uma lanchonete. Enquanto Walter toma vários remédios feitos por ele mesmo, justificando isso pelo fato de ter ficado 17 anos internando em um hospital psiquiátrico, Peter percebe que estava sendo seguido por um empregado da Máfia, com a qual se envolveu anteriormente.
Assim, vemos que ambos ainda são obrigados a enfrentar as consequências do que aconteceu em suas vidas nos anos anteriores.
Quando Walter, Peter e Olívia são chamados para ir até o local onde se encontra o ônibus, Broyles cita um caso real de terrorismo biológico, que é o do atentado com o uso do gás sarin, no metrô de Tóquio, em 1995, por membros de uma seita chamada 'Seita da Verdade Suprema'.
Walter percebe que a substância utilizada no atentado tinha forma gasosa e que depois é que ela se solidificou, prendendo as pessoas.
O terrorista responsável pelo atentado ao ônibus roubou uma mochila que pertencia a uma mulher que se encontrava no mesmo, mas não encontra aquilo que procurava. E Roy volta a fazer um desenho, de uma mulher morta sangrando, mas sem saber o motivo disso.
No laboratório, quando analisava o âmbar, Walter questiona Peter a respeito do homem que este ameaçou na lanchonete e pergunta se ele está envolvido em alguma encrenca, mas Peter mente para ele, e Walter percebe isso no mesmo instante. Assim, ambos irão guardar segredos um do outro por um bom período de tempo.
Olívia descobre que a mulher cuja mochila foi roubada pelo terrorista se chamava Evelina Mendoza e era, na verdade, uma agente da DEA, agência anti-drogas do governo dos EUA, e por isso ela decide convocar o supervisor (Grant Davidson) dela para um interrogatório. Este diz que Evelina ouviu falar sobre a existência do 'Padrão'.
Astrid diz para Olívia que Walter conseguiu decifrar a cena do crime depois que Peter começou a tocar piano para ele. Walter diz que o gás se solidificou depois que entrou em contato com o nitrogênio e que o mesmo imobilizou e sufocou os passageiros. Eles também descobrem que a Massive Dynamic é a responsável pela produção do composto.
Charlie informa Olívia a respeito de Roy McComb e mostra inúmeros desenhos feitos por ele que estavam relacionados a inúmeros atentados, desastres e crimes ocorridos nos meses anteriores e que a data dos mesmos é anterior aos acontecimentos, incluindo o do vôo de Hamburgo para Boston (que vimos no episódio 'Piloto').
Roy é convocado a prestar depoimento no FBI e é interrogado por Charlie, ao qual diz que seus desenhos são frutos de visões, às quais ele mesmo não consegue compreender e que começaram nove meses antes.
E Olívia vai até a Massive Dynamic conversar com Nina Sharp, que fornece informações relativas aos compostos fabricados pela empresa e que foram usados na criação do gás que foi utilizado no atentado ao ônibus. Olívia percebe que Nina sabe muito mais sobre o caso do que ela mesma, deixando-a incomodada com o fato.
Walter elabora a hipótese de que Roy, de alguma forma, consegue ler a mente das pessoas e que está psiquicamente conectado às pessoas responsáveis pelo atentado terrorista, conseguindo se comunicar com os mesmos. Broyles duvida dessa tese, mas permite que Walter faça testes com Roy, a fim de descobrir a origem de suas visões.
Olívia reclama com Broyles de que ela não foi informada a respeito de tudo o que está relacionado com o caso, mas este diz que não lhe contou tudo para protegê-la e que fará isso apenas quando ela 'estiver pronta'.
Parece que Broyles não demonstrava ter tanta confiança, assim, em Olívia, no começo do trabalho dela na 'Fringe Division'. Ele já percebia que ela era uma agente capaz, eficiente e determinada, mas queria saber mais sobre ela antes de lhe contar tudo o que ela deveria saber sobre o 'Padrão'.
Aliás, o mesmo acontecia no relacionamento entre Peter e Walter, como ficou demonstrado no caso do 'homem da lanchonete', a respeito do qual Peter mentiu.
A relação de confiança entre todos eles é algo que vai sendo construída de forma gradual. Aliás, Walter sequer conseguia se lembrar do nome de Astrid.
Walter submete Roy a testes para tentar interceptar os pensamentos das pessoas com as quais ele está conectado.
Aliás, conexão mental é algo que veremos com uma certa frequência no seriado. Tivemos isso no caso de Olívia com John (episódio 'Piloto'), Peter com September (episódio 'The End of All Things' - 4X14) e de Aaron com aquele cérebro gigante que vimos em 'Alone in the World' (4X03).
Walter, Peter, Olívia e Broyles vão até o local onde ocorreu o atentado contra o ônibus. |
Walter descobre que ele e Bell já haviam tentado criar essa 'Rede Fantasma' envolvido as mentes de inúmeras pessoas anos antes, quando trabalhavam para o governo em inúmeros projetos secretos. E Peter descobre, por sua vez, que Roy foi uma das cobais de Walter na época, e tem uma séria discussão com Walter em função disso.
Walter diz que em função dos testes a que foi submetido, Roy desenvolveu a capacidade de ouvir as conversas de outras pessoas, pois alguém aperfeiçoou a 'Rede Fantasma'.
Walter usa de um neuroestimulador magnético em Roy, que ele construiu em 1983 e que estava escondido na sua antiga casa de Cambridge, para conseguir ouvir o que os membros da organização terrorista estão planejando.
Aliás, é interessante notar como a Olívia era tão 'certinha' em seu trabalho no início e como ela foi mudando à medida que foi conhecendo o lado malandro de Peter.
Quando ela e Peter chegam à casa, eles não encontram ninguém e ela tenta telefonar para o proprietário a fim de pedir autorização para entrar na residência, mas Peter dá um jeito de abrir a porta usando de pura malandragem. Posteriormente, Olívia começará a fazer o mesmo.
Neste momento, Peter questiona Olívia sobre o que a levou a seguir a carreira policial e ela responde que já sabia que era isso que ela desejava quando tinha 9 anos de idade. Posteriormente, ficaremos sabendo o motivo dela falar isso e que o mesmo está relacionado com as violências cometidas pelo seu padrasto contra ela e a sua mãe.
Com o uso do neuroestimulador em Roy, eles ficam sabendo qual será o local onde os criminosos estão planejando promover algum tipo de troca. Astrid consegue entender algumas palavras em latim ditas por Roy (ficamos sabendo que ela se formou em Línguas).
E Olívia descobre que o objeto desejado por eles é um pequeno disco de memória que fica na palma da mão das pessoas e que Grant havia retirado um disco semelhante da palma da mão de Evelina quando foi fazer 'a identificação' do corpo dela. E agora Davidson se prepara para entregar o disco aos criminosos em uma estação de trem localizado no sul de Boston.
Charlie e Olívia vão até a estação e quando Olívia anda pelo trem, vemos o Observador (September). Davidson é baleado e Olívia corre atrás do terrorista (que se chamava Matthew Ziegler e que estava envolvido com o 'Padrão'). Este prefere se matar a se entregar, mas antes entregou a maleta na qual estava o disco de memória.
Broyles elogia o trabalho feito por Olívia e lhe informa que Roy chegou a ter visões de três casos dos quais a 'Fringe Division' não havia tomado conhecimento.
Depois do encerramento do caso, Roy não ouviu mais nada, levando Peter a concluir que os envolvidos perceberam que sua técnica de comunicação havia sido descoberta.
No final, Peter toca jazz no piano para Olívia e Walter também gosta de vê-lo fazendo isso... Como se percebe, os três estão cada vez mais próximos, levando adiante o processo de formação da 'Fringe Family'.
Broyles entrega o disco de memória para Nina e ambos fazem comentários sobre o fato de Olívia ser uma agente muito talentosa, ao qual Broyles já sente a necessidade de proteger.
Nina leva o disco para um dos cientistas da Massive Dynamic analisar o disco de memória e vemos o corpo de John Scott no laboratório, do qual a MD tenta extrair uma série de informações, embora ele já esteja morto.
Fim.
Walter faz uso de alguns dos 'remédios' que produzia em seu laboratório. |
Obs: A glyph code do episódio foi ' Aeger' (no latim significa 'Sick', que é doente em português).
Frases e Diálogos:
Olívia - Ele me usou, Charlie. E me disse que me amava.
Charlie - Eu não ia lhe dizer isto, mas ele disse que me amava também.
Broyles - Perdoe-me, Dr. Bishop. Gosto de pensar que tenho uma mente aberta, mas ainda é difícil aceitar que esse homem leia o pensamento dos outros.
Walter - Penso igual, e é por isso que eu gostaria de comprovar.
Peter - E lá vamos nós.
Broyles - E como faria isso?
Walter - Devo mantê-lo vivo?
Olívia - Seria recomendável.
Peter - Ótimo. Obrigado, já entendemos.
Olívia - Desculpe. Eu não entendi.
Peter - Nem eu. Só queria que ele parasse.
Walter - Está tomando alguma droga, prescrita ou ilícita. Pode dizer a verdade, eu não vou julgar. Na verdade, se a resposta for não, vou encorajar o uso de algumas.
Roy - Não, nenhuma.
Walter - Muito bem. Tudo verificado. Amarre-o, e eu posso verificar.
Roy - Deus, amarrar-me.
Astrid - Não há com que se preocupar.
Peter - Diga-me, de todas as possíveis opções de carreira, como uma garota como você acabou na força policial?
Olívia - Com nove anos, eu já sabia que queria isto.
Peter - Com nove anos, eu queria ser um brontossauro.
Roy - Dr. Bishop, o senhor me parece familiar.
Walter - Huumm, eu ouço muito isso.
Walter - Ah, como estava a velha casa? E Rufus?
Peter - A casa está como a deixamos. Mas nós sacrificamos Rufus há quase 20 anos, Walter.
Walter - Oh, que notícia horrível.
Estudante - Ciências Políticas 101?
Olívia - Longe disso.
Walter - Meu Deus!
Roy - O que foi?
Walter - Creio que com demodulação adequada você terá TV via satélite grátis.
Peter - Ok, a diversão acabou. Astrid, vamos desamarrá-lo.
Informações Adicionais:
Audiência do episódio - 9.420.000;
Data de Exibição nos EUA - 23/09/2008.
Diretor - Frederick E. O. Toye.
Roteiro - David H. Goodman e J. R. Orci.
Glyph Code do Episódio - 'Aeger'.
Links:
Atentado em Tóquio, com gás sarin, em 1995:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1273306-5602,00.html
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