'Krik' ('O Choro', Jaromil Jires): Uma história
romântica, política e poética que trata da crise do presente e da incerteza
ante o futuro! - Marcos Doniseti!
A Nova Onda Tchecoslovaca!
A chamada 'Nouvelle Vague Tchecoslovaca' (ou 'Nova Onda Tcheca') foi uma das várias 'Nouvelles Vagues' que tivemos pelo mundo afora (Japão, Brasil, Canadá), sendo que a pioneira foi, evidentemente, a francesa, que começou no final da década de 1950 e que revelou ao mundo cineastas do porte de Jean-Luc Godard, François Truffaut e Claude Chabrol.
A chamada 'Nouvelle Vague Tchecoslovaca' (ou 'Nova Onda Tcheca') foi uma das várias 'Nouvelles Vagues' que tivemos pelo mundo afora (Japão, Brasil, Canadá), sendo que a pioneira foi, evidentemente, a francesa, que começou no final da década de 1950 e que revelou ao mundo cineastas do porte de Jean-Luc Godard, François Truffaut e Claude Chabrol.
O movimento tchecoslovaco de renovação
cinematográfica também abriu espaço para uma nova geração de cineastas bastante
talentosos, como são os casos de Stefan Uher (cujo filme 'O Sol em uma Rede' já
foi comentado aqui no blog), Milos Forman, Jirí Menzel, Vera Chytilová, Jan Nemec, Pavel Jurácek, Juraj Herz, Karel Kachyna, Ivan Passer, Evald Schorm e Jaromil
Jires, diretor do ótimo filme que irei comentar neste texto, que é 'Krik' ('O
Choro'). Estes diretores se formaram na 'Escola de Cinema e Televisão da Academia de Artes Performáticas' em Praga (FAMU).
A chamada 'Nova Onda Tcheca' também foi mais um
movimento cinematográfico que foi bastante influenciado pelo Neo-Realismo
italiano.
Um claro exemplo disso é 'Krik', no qual vemos
pessoas comuns e cenas filmadas in loco, ao natural, fora dos estúdios (pelas
ruas de Praga), o uso de atores não-profissionais (a protagonista Ivana, é
interpretada por uma 'não-atriz'), que são características presentes nas obras
neo-realistas.
Ivana é um jovem e bonita loira que conhece Slavek, de forma acidental, em uma ponte de Praga. |
Essa influência se mistura com as críticas
políticas e sociais, uma poesia, um lirismo e uma fantasia que estão presentes
na Nova Onda Tchecoslovaca, que também sofreu uma significativa influência do
Surrealismo, que exerceu um grande impacto cultural no país durante as décadas
de 1920/1930.
Aliás, não é à toa que com uma efervescência
cinematógráfica e cultural tão rica, com tantas críticas políticas e sociais
sendo feitas em um grande número de filmes, durante vários anos, e que foram
reconhecidos internacionalmente, a Tchecoslováquia tenha passado por uma
radical experiência política de caráter democrático, que foi a chamada
'Primavera de Praga', em 1968.
Obs1: A experiência da 'Primavera de Praga'
acabou violentamente reprimida e destruída pela URSS, em Agosto de 1968, com a
invasão da Tchecoslováquia promovida pelo 'Pacto de Varsóvia'. Depois deste
trágico acontecimento, a crença no futuro do 'Socialismo Real' desmoronou em
todo o bloco soviético, pois ficou evidente para todos os seus habitantes que
tal modelo político e social era incompatível com um grau mais avançado de
liberdades democráticas, que era o grande desejo da população dos países do
chamado 'bloco soviético', junto com a manutenção de relevantes conquistas
sociais: moradia, alimento e transportes coletivos baratos e subsidiados; pleno
emprego; educação e saúde pública e gratuitas.
Ivana e Slavek: Ela vai até o pequeno e desconfortável apartamento dele. Eles passam a morar juntos e, é claro, iniciam um romance. |
A trama do filme!
'Krik' é um belo filme de Jaromil Jires.
'Krik' é um belo filme de Jaromil Jires.
Nele, temos momentos intimistas, realistas,
políticos, sociais, poéticos e de pura fantasia, no qual fica clara a busca por
uma renovação da linguagem cinematográfica, o que faz dele um dos mais
relevantes filmes desta 'Nova Onda Tchecoslovaca'. Este foi um movimento que
ganhou bastante destaque no cenário mundial, conquistando inúmeros prêmios
internacionais, durante a década de 1960.
O filme foi produzido em 1963, logo depois de 'O
Sol em uma Rede' (de Stefan Uher), tendo sido um dos primeiros filmes do
movimento, sendo que muitos o consideram como o marco inaugural da 'Nova Onda
Tchecoslovaca'.
Obs2: O diretor tcheco Milos Forman disse que a
abertura política e cultural que surgiu no bloco soviético após as denúncias
dos crimes de Stalin por Nikita Kruschev, em 1956, é que criaram as condições
para que o 'Novo Cinema Tchecoslovaco' pudesse florescer. Ele também afirmou
que foi em função do sucesso que os cineastas tchecoslovacos alcançaram no
exterior que levou a que o governo do país fosse tolerante com as críticas
sociais e políticas que eram feitas nos filmes do movimento, pois os prêmios
que eles conquistavam aumentavam o prestígio do país no exterior. Se eles
soubessem que a 'Nova Onda' cinematográfica do país iria contribuir para a
eclosão da 'Primavera de Praga', talvez eles não tivessem sido tão tolerantes
assim.
Slavek observa o movimento da bela cidade de Praga. A 'Nova Onda Tcheca' foi influenciada pelo Neo-Realismo italiano e também usava de cenários naturais e de atores não-profissionais. |
O filme de Jires gira em torno de um casal
(Slavek e Ivana), que mora em Praga, que se conheceu de forma acidental e que,
pouco tempo depois, já estava morando junto. Slavek é um técnico que conserta
aparelhos de TV e, assim, não é à toa que o filme começa (tal como acontece em
'O Sol em uma Rede', de 1962) mostrando antenas de TV sobre os edifícios de uma
cidade tcheca (Praga, a capital do país).
E tal como ocorre no filme do eslovaco Stefan
Uher, em 'Krik' isso também serve como introdução para uma história que irá
procurar mostrar um panorama da sociedade (no caso de 'Krik', da parte tcheca
do país) do começo da década de 1960, bem como também fará um tipo de apelo por
mudanças sociais e políticas.
Ela, Ivana, fica grávida de Slavek e é levada
para o hospital e o filme mostra como foi a história do romance deles até esse
momento, na perspectiva de ambos, em cenas de flashback, que se alternam o
tempo inteiro com outras cenas, do presente e, algumas, do futuro (poucas e rápidas).
Assim, teremos acesso às memórias que eles tem de
sua vida juntos até aquele momento e que também se alternam o tempo todo. Estas
memórias vão construindo uma espécie de quebra-cabeças do relacionamento de
Slavek e Ivana e que é cheio de idas e vindas.
Ivana e Slavek, juntos, em um momento romântico. Ela é bastante ciumenta e exige atenção permanente por parte de Slavek. Quando ela é contrariada, chora, fica nervosa e o deixa sozinho. |
Em determinados momentos o filme mostra o
presente, com Ivana prestes à dar a luz e Slavek preocupado com o parto,
enquanto faz o seu trabalho pela cidade, mas ele também remete ao passado
(pelas memórias do casal, que seguem uma ordem não-linear) e trata das
incertezas em relação ao futuro, como o medo de uma guerra devastadora que
aniquilasse o planeta (cenas de desfiles militares, com uma fileira de
blindados, e de caças militares estão presentes).
E o fato de que sua filha, que está para nascer,
irá viver num mundo tão marcado por conflitos e incertezas os deixam
angustiados, é claro. Não é à toa, portanto, que o filme se chama 'O Choro'. É
como se a criança que está para nascer já estivesse chorando de antemão pelo
fato de saber que está vindo para um mundo tão caótico e conturbado.
Enquanto Ivana se prepara, no hospital, para ser
submetida à cirurgia que trará a sua filha ao mundo, vemos Slavek percorrer
diferentes locais da cidade onde os seus serviços são requisitados. Desta
maneira, veremos um retrato da sociedade e da população tcheca da época por
meio de suas andanças pela cidade.
Ele tentará, o tempo inteiro, telefonar para o
hospital (mas sem conseguir), a fim de descobrir como está a esposa, enquanto
que essa fica preocupada, questionando-se do motivo pelo qual o marido não lhe
telefona para se informar a respeito de sua situação.
Ivana, no hospital, esperando pelo momento do parto. Ela fica ansiosa, preocupando-se com o fato de que Slavek não telefona para saber como ela está. |
Assim, ele vai até uma escola, onde a professora
tenta controlar uma sala cheia de crianças bastante agitadas, depois irá até um
escritório, onde um jornalista dita um texto (a respeito de um filme
neo-realista italiano) para a secretária, com quem ele tem um romance, visita a
residência de uma jovem belíssima e sensual que tenta seduzi-lo mal ele entra
na casa dela, briga em um local público com um racista, que ofende um
adolescente que havia ajudado um jovem negro a fazer um telefonema para uma
outra jovem, com quem ele namora.
Ivana é uma bonita e jovem loira que aprecia a
música de Bach e que começa a sentir as dores do parto que se aproxima e, por
isso, Slavek a leva até o hospital. No local, quando ela olha diretamente para
a câmera, começamos a ver a história de como eles se conheceram.
Em sua primeira memória (de Ivana), vemos que
isso aconteceu quando Slavek passeava por uma ponte e viu Ivana de cabeça baixa
e falou com ela, pensando que ela poderia estar chorando. Ela não estava, mas
isso foi o suficiente para que eles demonstrassem um interesse mútuo. E logo
depois ela vai até a casa de Slavek e ele permite que ela passe a morar ali,
embora o local tenha pouquíssimo espaço. E é claro que começa um romance entre
eles.
O primeiro lugar onde Slavek vai trabalhar,
enquanto Ivana espera pelo parto, é uma escola, onde as crianças começam a
dizer o que elas fariam se fossem invisíveis e é claro que elas falam sobre
situações que gostariam de vivenciar, mas que não podem, pois os outros estão
observando e vigiando.
Slavek tenta telefonar para Ivana, que está no hospital, mas não consegue e fica irritado com isso. |
É bastante evidente que esta é uma maneira não
muito explícita que Jaromil Jires encontrou de criticar o governo autoritário
do país, que procura vigiar, controlar e reprimir a população.
Vemos também cenas das pessoas indo para abrigos
(como se fosse um documentário), em uma simulação, a fim de se proteger de
ataques aéreos.
Obs3: O medo de uma guerra nuclear era algo
bastante presente naquela época e isso fazia parte do cotidiano da população da
Europa (Ocidental e Oriental), bem como dos EUA e da URSS. Não se pode esquecer
que, na época, nós tivemos a chamada 'Crise dos Mísseis' (1962), entre EUA e
URSS, que quase desencadeou uma guerra nuclear.
Nas memórias do casal, o filme também mostra
cenas de fantasia, com Slavek e Ivana correndo em meio a uma floresta, bem como
o dia em que eles se casaram.
Também temos uma cena na qual Ivana fala ao
telefone e onde ela parece estar em uma peça de teatro. Depois, ela aparece
mobiliando o apartamento que eles compraram, que é bem mais espaçoso e
confortável do que o local onde moravam anteriormente.
Em uma das residências nas quais foi trabalhar, para consertar um aparelho de TV, Slavek encontra uma jovem bela e sensual. A cena até sugere que eles tiveram uma relação, mas isso é inconclusivo. |
Slavek tenta telefonar para o hospital, para
saber como está Ivana, mas não consegue. E vemos cenas de uma floresta,
enquanto toca Bach, e Slavek comenta se a esposa estaria com medo do parto.
Slavek vai consertar o aparelho de TV de um
jornalista que dita um texto sobre um filme neo-realista italiano para a sua
bela secretária e que fala a respeito da crise social do mundo capitalista e
que cita Babel, Pasternak e Le Corbusier. Mas quando ele falava sobre a crise
do mundo capitalista, ele também falou do socialista, sugerindo uma crítica aos
dois sistemas, que disputavam a hegemonia mundial naquele momento.
Depois, Slavek vai até a casa de uma belíssima
jovem (para consertar um aparelho de TV, é claro), de lindos cabelos pretos e
lisos, extremamente sensual, que tenta seduzi-lo, mas que aparentemente não
consegue.
Percebe-se que Slavek sente-se bastante atraído
pela jovem, tanto que ele se deixa abraçar por ela, mas a ideia de que eles
consumaram a relação fica apenas na sugestão, embora isso não possa ser
descartado.
Assim, temos presente no filme, também, a ideia
de que as pessoas queriam se libertar de uma repressão que tolhia a sua
liberdade sexual e comportamental, algo que veria à tona nos anos seguintes,
com a emergência do movimento Hippie e da Contracultura, que exerceram uma
significativa influência na Tchecoslováquia.
Obs4: O poeta Beat Allen Ginsberg chegou a
visitar o país em 1965 e foi aclamado como 'Rei de Maio' por 100 mil pessoas,
fato este que o levou a ser expulso pelo governo do país. Ginsberg escreveu um
brilhante poema a respeito do acontecimento ('Kral Mahales', ou seja, 'Rei de
Maio'; ver link abaixo com o poema devidamente traduzido por Cláudio Willer).
Vemos uma cena do passado de Slavek e Ivana,
quando ela fez de tudo para chamar a atenção dele, mas na qual Slavek não se
interessou, ela se irritou e lhe estapeou. Em vários momentos vemos que Ivana
era muito ciumenta e que sempre queria ser objeto da atenção por parte de
Slavek.
Depois, quando Slavek vai para a residência de um
casal bem sucedido, percebe-se a frustração da esposa, que não tem um filho, quando
Slavek telefona para o hospital a fim de perguntar sobre o parto de Ivana.
Slavek e Ivana se beijam no meio da rua. Ela se questiona se ele realmente sente a sua ausência e teme que, um dia, ele não retorne para ela. |
O marido estimula Slavek a ser pai, para garantir
a sua posteridade, preservando o seu nome, mas ao mesmo tempo ele não coloca em
prática tal ideia em seu casamento, o que é uma forma de denunciar a sua
hipocrisia. Slavek vai ao cinema, onde duas mulheres conversam sobre os filmes
que assistem e que não mexem com os sentimentos dela, não fazendo nem rir e
tampouco chorar.
Essa foi uma forma que o diretor, Jaromil Jires,
encontrou de criticar o Cinema e que era produzido no país até aquele momento,
que era dominado pelas ideias do chamado 'realismo socialista', bem como de
mostrar aspectos negativos da sociedade da época.
Estes eram alguns dos principais objetivos da
'Nouvelle Vague Tchecoslovaca':
Renovar a obsoleta e retrógrada linguagem
cinematográfica que vigorava no país, ao mesmo tempo em que se mostrava o
cotidiano e a realidade da população, criticando o sistema político e social vigentes, aproveitando-se da liberdade relativa que
o governo passou a tolerar a partir da segunda metade da década de 1950.
Assim, o governo tchecoslovaco abriu algumas
brechas no repressivo sistema político e os brilhantes e talentosos cineastas
do país aproveitaram-se disso para ampliá-las, no que foram muito bem
sucedidos.
No filme, inclusive, a bela cidade de Praga é
mostrada tal como era naquela época, com seus moradores demonstrando possuir um
bom padrão de vida. De fato, a parte tcheca do país era mais rica e
desenvolvida, possuindo uma economia industrial mais avançada e uma sociedade
mais urbanizada, liberal e cosmopolita do que a parte eslovaca.
Comparando-se os filmes do eslovaco Stefan Uher
('O Sol em uma Rede', de 1962) com 'O Choro' (1963), de Jaromil Jires,
percebe-se pelo filme do primeiro que o desejo de mudanças na sociedade
eslovaca ainda era algo que não estava presente entre a população, enquanto que
na parte tcheca do país tal desejo já era algo bastante evidente.
Obs5: Aliás, é bom ressaltar que a então
Tchecoslováquia oferecia (principalmente a parte tcheca), de fato, um dos
melhores padrões de vida do bloco soviético, sendo que a sua população vivia
melhor do que os próprios soviéticos e do que a população da maioria dos países
do chamado 'Socialismo Real'.
Nas memórias que contam a história do seu
romance, Slavek e Ivana também fazem um passeio pela cidade, ela lhe pede que
compre algo, ele o faz, a cena muda e ela diz 'você demorou anos'. Ele lhe dá
uma maçã ácida, tiram uma foto, beijam-se e se despedem.
Neste momento, vemos que o beijo deles se dá em
frente a uma loja na qual vemos um vestido caro com um colar, o que seria uma
forma de crítica, pois é claro que eles não tem os recursos necessários para
comprá-los.
Slavek também se envolve em uma briga com um
homem racista e encontra seu grande amigo pintor (Lada), a quem vive
emprestando dinheiro, para desgosto de Ivana. Juntos, eles levam um berço para
a futura filha de Slavek e Ivana, atrapalhando o trânsito.
Slavek lembra-se que já tinha visto Ivana antes
do encontro na ponte, sendo que eles trocaram um olhar, mas não se falaram.
Ivana preocupa-se com a possibilidade de que Slavek poderá não voltar para ela
um dia e que ele apenas finge que se importa em deixá-la sozinha, 'como se'
estivesse triste, quando não está. Por isso, ela diz que tem vontade de chorar,
mas finge, 'como se' estivesse feliz. E eles acabam se acostumando ao 'como
se', aos fingimentos.
Ela declama um poema de sua autoria, enquanto
toca uma música triste, melancólica e vemos cenas de inúmeros casais se
beijando: 'Nós Somos Dois. Sempre como Dois. Não podemos ser Um. Somos Um.
Sempre como Um. Não podemos ser Dois".
Slavek abaixa o som do aparelho de TV enquanto um
cientista fala a respeito de uma experiência científica realizada em uma nave
espacial soviética 'Vostok', o que não deixa de ser uma forma de se criticar a
URSS.
Slavek vê livros que mostram que seus pais, dele
e de Ivana, lutaram na Segunda Guerra Mundial. Enquanto o pai dela foi lutar na
Itália, o pai de Slavek teve que trabalhar como escravo para o Reich Nazista.
O filme de Jaromil Jires também se destaca pelo charme e beleza de algumas das suas atrizes. |
Obs6: Isso sugere que o pai de Ivana era
eslovaco, enquanto que o de Slavek seria tcheco. É que durante a Segunda Guerra
Mundial a Eslováquia chegou a conquistar uma 'independência' temporária, sob o
comando de um regime fantoche que era aliado da Alemanha Nazista, o que
explicaria o fato do pai dela ter ido lutar na Itália, ao lado dos alemães.
Enquanto isso, a parte Tcheca passou a ser governada diretamente pelos alemães
e a fazer parte do Reich Nazista, que escravizou grande parte da população do
país.
Quando Slavek vê as fotos antigas de Ivana, toca
uma música antiga, estilo 'loucos anos 1920', também chamada de 'Era do Jazz'. E finalmente Slavek consegue tomar conhecimento
do fato de que era pai de uma saudável menina. Com isso, ele vai até o
hospital, mas não vê a esposa e nem a filha.
Ele vai embora e se lembra de um momento quando ela disse:
Ele vai embora e se lembra de um momento quando ela disse:
"Quando nos olhamos pela primeira vez,
parece que conhecemos tudo. E depois começamos a esquecer. Não lave a louça. E
coma os morangos você mesmo. Ou lave a louça. E separe os morangos. Nós os
colocaremos na mesinha de cabeceira. E então iremos 'como se'.
Fim.
Informações Adicionais!
Título: Krik (O Choro);
Diretor: Jaromil Jires;
Roteiro: Jaromil Jires, Ludvik Askenazy;
Gênero: Drama;
Duração: 77 minutos;
Ano de Produção: 1963; País de Produção: Tchecoslováquia;
Elenco: Josef Abrhám (Slavek); Eva Límanová (Ivana).
Links:
Título: Krik (O Choro);
Diretor: Jaromil Jires;
Roteiro: Jaromil Jires, Ludvik Askenazy;
Gênero: Drama;
Duração: 77 minutos;
Ano de Produção: 1963; País de Produção: Tchecoslováquia;
Elenco: Josef Abrhám (Slavek); Eva Límanová (Ivana).
Links:
Furto do Paraíso: O Novo Cinema Tcheco dos anos
1960:
Filmes tchecos denunciavam sistema repressor:
15 filmes para se conhecer a Nova Onda
Tchecoslovaca:
20 filmes da Nova Onda Tchecoslovaca:
Poema de Allen Ginsberg sobre a sua expulsão da
Tchecoslováquia:
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