'Blow-Up': Baseado em conto de Cortázar, Antonioni indaga sobre a natureza da realidade e a possibilidade de mudança! - Marcos Doniseti!
O clássico filme 'Blow-Up', de Michelangelo Antonioni, foi baseado em um conto ('As Babas do Diabo') de outro artista genial, o escritor franco-argentino Julio Cortázar, autor de obras clássicas como 'O Jogo da Amarelinha', 'Bestiário' e 'As Armas Secretas', livro no qual temos o conto que inspirou Antonioni.
O genial cineasta italiano Michelangelo Antonioni vinha de uma sequência de filmes absolutamente fantásticos: 'O Grito' (1957); 'A Aventura' (1960), 'A Noite' (1961), 'O Eclipse' (1962) e 'O Deserto Vermelho' (1964), que foram responsáveis pelo seu reconhecimento internacional.
'Blow-Up' manteve a sequência de belas obras do grande cineasta italiano, sendo que foi o primeiro filme de Antonioni que foi filmado fora da Itália (as filmagens foram realizadas na Inglaterra), sendo o seu segundo filme colorido ('O Deserto Vermelho' foi o primeiro) e que, também, foi o primeiro a ser falado em inglês.
Apesar disso, as principais características do cinema de Antonioni estão presentes no filme: um personagem entediado, as cenas em profundidade, uma visão crítica da realidade, a importância da paisagem e a reflexão sobre o ato de criação, bem como a respeito do próprio Cinema.
Apesar disso, as principais características do cinema de Antonioni estão presentes no filme: um personagem entediado, as cenas em profundidade, uma visão crítica da realidade, a importância da paisagem e a reflexão sobre o ato de criação, bem como a respeito do próprio Cinema.
Capa da revista 'Time', que usou, pela primeira vez, da expressão 'Swinging London' para definir a cena roqueira e psicodélica da capital inglesa. |
A escolha de um genial conto de Julio Cortázar para servir de fonte de inspiração para Antonioni é algo perfeitamente natural, pois o escritor argentino se inspirava em algumas fontes semelhantes às de Antonioni, como é o caso do Existencialismo, e também procurava fazer, em sua obra, uma reflexão sobre a arte de escrever (a Literatura) e indagava, também, sobre o que é real e o que não é.
Obs1: Sugiro que leiam o conto de Cortázar antes de ver o filme de Antonioni. Ele está disponível para leitura ou download em vários sites.
Para quem ainda não leu o conto de Cortázar, aqui vai um resumo:
A história se desenvolve em Paris e trata de um fotógrafo amador (o franco-chileno Roberto Michel) que sai num Domingo de manhã para passear em uma pequena ilha da cidade e vê um casal que, aparentemente, está tendo uma discussão. Ela é loura e mais velha do que o jovem (que tem em torno de 15 anos) e parece estar querendo seduzir o mesmo, como se o estivesse pressionando para isso. Próximo dali, em um carro, um homem mais velho observa a tudo e, depois, vai se aproximar dos dois. Michel começa a fotografá-los, o que chama a atenção da mulher. O jovem se aproveita para fugir. A mulher tenta recuperar o rolo do filme, mas Michel recusa-se a entregá-lo. No conto fica claro que o homem usa da mulher para atrair adolescentes com os quais ele deseja ter relações sexuais. Mas todas estas conclusões são do fotógrafo, que chega às mesmas depois que começou a analisar as fotografias que tirou dos três no parque. De fato, em nenhum momento ficamos sabendo quais são os motivos que levaram a mulher e o jovem a discutir e nem a saber a razão do homem mais velho se aproximar de ambos.
O genial escritor franco-argentino Julio Cortázar, em sua amada Paris. Ele foi um exímio contista e romancista, dos melhores que a América Latina produziu em sua história. |
No filme de Antonioni, o local em que a história se desenvolve foi transferido para Londres que, na época, vivia uma intensa e criativa cena roqueira e psicodélica, que foi a chamada 'Swinging London', como a definiu a revista 'Time' em matéria de capa sobre o assunto.
Esta era a época em que Mick Jagger, Keith Richards e John Lennon viviam curtindo, juntos, a noite londrina, em que Jimi Hendrix se apresentava para plateias (e até para guitarristas brilhantes, como Pete Townshend e Eric Clapton) que ficavam maravilhadas com a técnica e emoção com que o genial guitarrista tocava.
Obs2: Enquanto isso, os empresários dos dois principais grupos ingleses (The Beatles e The Rolling Stones, é claro) inventaram uma estratégia de marketing que dizia que o fã que gostasse de um grupo, não poderia gostar do outro. O fato é que muitos acreditaram nessa lorota e a popularidade dos dois grupos aumentou bastante em função da polêmica, que foi muito explorada pela imprensa britânica.
Novos e excelentes grupos e músicos de Rock surgiram neste período, na Inglaterra, sendo que alguns deles tiveram carreiras de muito sucesso e de longa duração, tais como: Yardbirds/Led Zeppellin; Pink Floyd, The Who, Cream, The Small Faces, The Animals, The Kinks, Eric Clapton, Jeff Beck, Rod Stewart, entre outros.
Inclusive, há uma cena antológica no filme de Antonioni na qual vemos uma apresentação raríssima dos Yardbirds, com Jimmy Page e Jeff Beck tocando as guitarras (a música é 'Stroll On').
Thomas fotografa Verushka, em uma cena antológica do clássico 'Blow-Up'. |
Como é do conhecimento dos fãs de Rock, depois Jimmy Page praticamente herdou o grupo e, das suas cinzas, criou o Led Zeppellin. Na cena, Jeff Beck se irrita quando o amplificador de sua guitarra deixa de funcionar e, com isso, ele acaba destruindo a sua guitarra e jogando os restos da mesma para o público que, até aquele momento, assistia ao show de forma apática, como se estivesse 'viajando'...
Consta que o motivo desta cena ter sido feita se deu pelo fato de que Michelangelo Antonioni gostava muito da quebradeira que o The Who promovia em seus shows.
Então, ele pediu a Jeff Beck que fizesse o mesmo no filme.
Então, ele pediu a Jeff Beck que fizesse o mesmo no filme.
No conto de Cortázar, bem como no filme de Antonioni, também estão presentes vários questionamentos a respeito da natureza da realidade e do trabalho do artista (escritor, cineasta) que tenta capturá-la e compreendê-la.
Obs3: No início do conto de Cortázar, o narrador ora está vivo, ora está morto, e também ficamos na dúvida se temos um ou dois narradores na história (tudo indica que é o mesmo narrador, Michel, que está vivo e morto, ao mesmo tempo). É muito provável que esta seja uma referência à experiência quântica do 'Gato de Schrodinger', no qual não se sabe se um gato que está dentro de uma caixa está vivo ou morto. Talvez ele esteja vivo e morto, ao mesmo tempo...
Assim, entendo que está bem clara, em ambas as obras, a influência de uma ideia originária da Física Quântica, ou seja, a de que o ato de observar um fenômeno acaba influenciando a natureza do mesmo e que não é possível dizer o que acontece (se é que acontece alguma coisa) quando não temos ninguém observando o mesmo.
Portanto, surge a indagação: Será que os fenômenos que observamos daquilo que chamamos de realidade são verdadeiros? Eles realmente aconteceram da maneira como foram observados? Ou foi o ato de observar que lhes deu origem? E quando não observamos nada, acontece alguma coisa? É o ato de observar que modifica (ou cria) a realidade? O que realmente estamos vendo?
No conto de Cortázar, temos um trecho interessante, que está relacionado a estas questões, e que é o seguinte:
"Já sei que o mais difícil vai ser encontrar a maneira de contar, e não tenho medo de me repetir. Vai ser difícil porque ninguém sabe direito quem é que verdadeiramente está contando, se sou eu ou isso que aconteceu, ou o que estou vendo (nuvens, às vezes uma pomba) ou se simplesmente conto uma verdade que é somente minha verdade, e então não é a verdade, a não ser para meu estômago, para esta vontade de sair correndo e acabar com aquilo de alguma forma, seja lá o que for.".
Em outro trecho do conto de Cortázar, temos: "Michel sabia que o fotógrafo age sempre como uma permutação de sua maneira pessoal de ver o mundo por outra que a câmera lhe impõe, insidiosa... Agora mesmo (que palavra, agora, que mentira estúpida) podia ficar sentado no parapeito sobre o rio, olhando passar as barcaças vermelhas e negras sem que me ocorresse pensar fotograficamente as cenas, nada mais que deixando-me ir no deixar-se ir das coisas, correndo imóvel com o tempo".
No filme de Antonioni o protagonista é um fotógrafo de moda bem sucedido, que anda pela 'Swinging London' em seu Rolls Royce conversível. O personagem de Hemmings (Thomas) é baseado num dos principais fotógrafos de moda ingleses dos anos 1960, que foi David Bailey.
Ele trata as modelos com as quais trabalha de forma ríspida e arrogante, mas, apesar disso, Hemmings dá ao personagem um charme e elegância que ameniza tais aspectos. Seu sucesso ao interpretar Thomas foi imenso, transformando-o em um ícone da contra-cultura da época.
Inclusive, uma das melhores cenas do filme é aquela em que Thomas está fotografando Verushka (modelo de muito sucesso na época) e fica sobre o corpo desta, sugerindo claramente um ato sexual entre os dois.
Porém, Jane decide ir atrás de Thomas e o encontra em seu estúdio, momento no qual ela irá usar do seu poder de sedução, enquanto tenta convencê-lo a lhe entregar o rolo do filme. Thomas lhe dá o rolo errado e ela vai embora.
A bela Vanessa Redgrave, neste filme, lembra muito a musa de Antonioni, a belíssima Monica Vitti, com quem o cineasta italiano foi casado. |
Depois, quando começa a revelar as fotografias é que ele começará a perceber algo que não havia notado enquanto tirava as fotos, que é o fato de que há um corpo, de um homem assassinado, atrás de alguns arbustos. Neste momento, ele começa a criar uma história, que liga a mulher (Jane) no parque ao homem assassinado, tal como faz um diretor de cinema ou um escritor.
Intrigado, Thomas decide retornar ao local, sozinho, mas sem levar a câmera, e verifica que, de fato, há um homem morto no lugar. E ele é o homem com quem Jane discutia anteriormente. Assim, ele começa a se indagar sobre o que, de fato, ele viu no parque (uma discussão entre uma mulher e seu amante?) e o que é que as fotografias mostravam (o assassinato do amante pelo marido de Jane)?
No seu local de trabalho, ele é sempre procurado por jovens aspirantes a modelo, que desejam ser fotografadas por ele, sendo que ele até acaba se envolvendo sexualmente com duas delas (interpretadas por Jane Birkin e Gillian Hills), que são bastante persistentes em seus desejos de se tornarem modelos de sucesso e que usam dos recursos disponíveis (incluindo o sexo) para atingir os seus objetivos.
Quando retorna para o estúdio, após encontrar o corpo do homem assassinado, Thomas constata que todas as fotos que havia revelado da cena no parque foram roubadas. Ele escondeu apenas uma, que mostrava o local em que a vítima estava.
Thomas e Jane, seminus, em uma bela cena deste reflexivo e intrigante filme de Antonioni. |
O filme não mostra, mas tudo indica que Jane foi a responsável pelo roubo das fotografias. Aliás, várias dúvidas permanecem ao final do filme, algo que foi intencional da parte de Antonioni, a fim de fazer os questionamentos a respeito da realidade que já comentei aqui, mas sem apresentar respostas prontas, deixando aos espectadores que reflitam sobre o que foi exibido, a fim de que eles tirassem as suas próprias conclusões (que é uma característica que também está presente na obra de Cortázar).
O que se nota, de fato, é a mudança que as fotografias desencadearam em Thomas, que é um fotógrafo de sucesso, que é procurado por jovens e belas modelos que desejam alcançar o estrelato, mas que tem uma vida marcada pelo tédio. A fotografia é uma profissão, sua fonte de renda, mas ele procura por algo diferente, que desperte a paixão que há dentro dele, mas que está submersa.
É como dizia Jim Morrison: 'As pessoas querem algo mais. Algo sagrado'. Thomas é a comprovação deste sentimento, que estava presente na geração de jovens dos anos 1960, que procurou expandir a sua mente e se conectar com outros planos de realidade.
Isso talvez explique porque ele se misture com pessoas originárias do submundo, como aquelas que vivem em um albergue no qual os marginais da sociedade dormem, as quais ele fotografa para o lançamento de um livro que está preparando.
Quem foi que disse que Julio Cortázar não apareceu em 'Blow-Up'? Olha ele aí, como um dos sem-teto que foram fotografados por Thomas para o livro que este estava se preparando para lançar. |
Uma das melhores cenas, a respeito disso, é quando Thomas sai com o seu carro à noite, por Londres, e vê Jane em frente a algumas lojas. Ele olha novamente, mas ela não está mais lá e, depois, quando vai procurá-la, não consegue encontrá-la. É como se ela tivesse desaparecido em pleno ar.
E com isso surge a dúvida, se ele realmente a viu ou se tudo não passou de fruto da sua imaginação. Aliás, é na sequência desta cena, quando ele continua a procura por Jane, que Thomas vai se deparar com o show do Yardbirds, sobre o qual já comentei.
Obs4: Quando Thomas abre a porta para entrar no clube onde o Yardbirds está tocando, vemos afixado na porta um panfleto que diz: 'Aqui jaz Bob Dylan, que faleceu no Royal Albert Hall no dia 27 de Maio de 1966.". Esta é uma referência a um show que Dylan fez no local e no qual ele encerrou a sua turnê. Nesta turnê, Dylan e banda usaram guitarras e instrumentos elétricos, abandonando os instrumentos acústicos da época em que ele tocava apenas música Folk. Foi no show do Royal Albert Hall que um fã gritou 'Judas' para Bob Dylan e outro disse que nunca mais iria ouvi-lo cantar. E Dylan respondeu 'Eu não acredito em você... Você é um mentiroso'.
Ao revelar e ampliar o filme, Thomas pensou que havia fotografado uma discussão entre um casal, mas ele descobre que, no local, havia acontecido um assassinato. |
A paixão que Thomas sente por sua descoberta (o assassinato no parque) é algo pessoal e intransferível. E por isso Ron não sente qualquer tipo de interesse pelo caso. Ele está em 'outro' tipo de viagem. Seus interesses são outros.
Neste processo, o que move Thomas não é mais o dinheiro, a ambição, o desejo do sucesso, mas as paixões, os sentimentos que a sua descoberta desencadeou no seu interior. Essa é a mesma paixão que ele busca quando se disfarça de sem-teto e vai interagir com os miseráveis londrinos nos albergues baratos e que está ausente no seu trabalho, na sua profissão, no seu cotidiano.
Obs5: Nesta época, Londres não era chamada de 'Swinging London' à toa, pois o Rock e a cultura psicodélica estavam em plena efervescência criativa, com os principais grupos e artistas lançando uma sucessão de discos absolutamente fantásticos. Entre 1965/1967, os Beatles lançaram 'Rubber Soul', 'Revolver' e 'Sgt. Peppers'. O Pink Floyd lançou o seu primeiro álbum ('The Piper at the Gates of Dawn'), composto pelo genial Syd Barrett, os Rolling Stones lançaram 'Out of Our Heads' e 'Aftermath', entre outros, Jimi Hendrix lançou 'Are You Experienced'.
Obs6: Nos EUA, o The Doors realizou o seu primeiro álbum, com várias canções clássicas, como a bela, triste e épica 'The End', e o Velvet Underground lançou 'Velvet Underground and Nico' (Antonioni chegou a sondar o grupo de Lou Reed para participar de 'Blow-Up', mas os custos elevados para poder transportar toda a trupe para o Reino Unido o levou a mudar de ideia).
Obs7: Outro cineasta genial que foi para a Inglaterra filmar foi Jean-Luc Godard, que fez 'Sympathy for the Devil' em 1968, no qual temos uma significativa participação dos Rolling Stones. Bons tempos, hein?
Jogadora da partida de tênis imaginário pede a Thomas que pegue a 'bola', para que possam retomar o jogo. |
Como o amigo de Thomas não quer saber de assassinato algum, o fotógrafo vai sozinho ao parque. Mas quando ele volta para o local, o corpo havia desaparecido, sem que se dê qualquer pista do que havia acontecido.
Novamente, vem o questionamento a respeito do que vemos ou não, do que seja a realidade, afinal. Assim, também está presente, nas duas obras, de Cortázar e Antonioni, a ideia quântica de que quando voltamos a observar aquele fenômeno, ele já se modificou. Logo, não há como recuperar aquele momento, que já passou, que já se transformou em outra coisa. Isso talvez explique porque Thomas não encontrou corpo algum quando retornou ao parque a fim de fotografá-lo.
Obs8: Este grupo de jovens apareceu na sequência inicial do filme e se parece com uma trupe teatral, mas eles são jovens universitários que saem pela cidade a fim de arrecadar dinheiro para caridade, o que é uma tradição inglesa.
E no final temos outra cena antológica, quando um grupo de jovens universitários começa a jogar uma partida de tênis imaginária, em uma quadra, mesmo sem ter uma raquete ou mesmo uma bola de tênis.
Obs8: Este grupo de jovens apareceu na sequência inicial do filme e se parece com uma trupe teatral, mas eles são jovens universitários que saem pela cidade a fim de arrecadar dinheiro para caridade, o que é uma tradição inglesa.
Thomas entra no 'jogo', devolvendo a 'bola imaginária' para os jogadores e o vemos, sozinho, no gramado, talvez refletindo sobre o que viu (ou a respeito do que não viu) naquele dia.
Seria esta uma maneira de Antonioni dizer que a busca de Thomas por uma vida e por uma realidade alternativas (tal como faziam os jovens roqueiros e psicodélicos daquela época) estava fadada ao fracasso?
Quem sabe...
Seria esta uma maneira de Antonioni dizer que a busca de Thomas por uma vida e por uma realidade alternativas (tal como faziam os jovens roqueiros e psicodélicos daquela época) estava fadada ao fracasso?
Quem sabe...
Fim.
Thomas, sozinho, no gramado, refletindo sobre o que viu (ou o que não viu) naquele longo dia. |
Informações Adicionais:
Título: Blow-Up;
Diretor: Michelangelo Antonioni;
Roteiro: Michelangelo Antonioni e Tonino Guerra; Edward Bond (diálogos em inglês); baseado no conto 'As Babas do Diabo', de Julio Cortázar;
Duração: 111 minutos;
Ano de Produção: 1966; Países de Produção: Reino Unido, Itália e EUA;
Música: Herbie Hancock;
Elenco: David Hemmings (Thomas); Vanessa Redgrave (Jane); Sarah Miles (Patricia); Jane Birkin (modelo loira); Gillian Hills (modelo morena); Peter Bowles (Ron); Verushka (Verushka, modelo); Yardbirds (Jeff Beck, Jimmy Page, Chris Dreja, Keith Relf, Paul Samwell-Smith).
Conto de Cortázar - 'As Babas do Diabo':
Links:
A experiência do Gato de Schrodinger:
Quando a legenda 'The End' aparece, Thomas some... Afinal, ele também estava ali? Ele tirou alguma fotografia? Ele está vivo? Ele está morto? A realidade é uma criação da mente humana? |
Vídeo - The Yardbirds - 'Stroll On':
2 comentários:
Gostei muito da sua análise, me fez pensar algumas coisas a respeito do filme que não tinha percebido antes.
Nayana, fico feliz que o meu texto tenha te levado a refletir sobre este belo filme de Antonioni.
Volte sempre ao blog.
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