Tal como o episódio anterior ('Dream Logic'), este também mostra mais um típico caso de investigação que não tem, basicamente, nenhuma conexão com as crianças cortexiphadas, os metamorfos e tampouco com os Universos Paralelos e a guerra que está acontecendo entre os mesmos e que começou a ser mostrada nos episódios finais da primeira temporada.
Este episódio se encaixa totalmente nos 'casos Fringe' relacionados ao chamado 'Padrão' que, originalmente, não tinha nenhuma ligação com Universos Paralelos e viagens no tempo, e que predominaram na primeira temporada do seriado. E a trama que vemos nele também começa e termina no próprio episódio.
Porém, o personagem central da trama de 'Earthling' é, pela primeira vez na série, o coronel Broyles, que lidera a 'Fringe Division' e cujo personagem tornou-se muito popular entre os fãs, principalmente depois que passou a proteger e a ajudar Olívia, Peter e Walter. No começo ele fazia isso por obrigação profissional, mas posteriormente ele passou a agir assim porque passou a gostar daquela 'estranha e louca família' que reunia Walter, Peter, Olívia e Astrid e da qual ele também passou a fazer parte.
'Earthling' começa com um marido (Randy) preparando uma surpresa para a esposa (Nat), que pensa que ele viajou mas que, na verdade, está no apartamento, esperando por ela, a fim de comemorar o aniversário da esposa.
Porém, o marido recebe uma visita inesperada, de uma espécie de 'sombra ambulante' que caminha na sua direção. Dai, quando a esposa chega em casa e percebe a surpresa que o marido preparou, ela fica toda contente. Mas quando vê o marido, estático, sentado no sofá e sem piscar um olho, ela fica assustada. Daí, quando ela toca no corpo de Randy, o mesmo vira cinzas.
Este foi o primeiro episódio da série em que o coronel Broyles foi o personagem central, com a história remetendo ao seu passado e que está relacionada ao seu divórcio. |
Walter, Peter e Olívia vão até o apartamento de Randy Dancik e Nat e ela diz uma frase que se tornou meio comum nos casos investigados por eles: 'Isso não faz o menor sentido'.
Olívia pergunta a Walter se ele faz alguma ideia do que aconteceu com Randy, cujos restos ele observa, e o mesmo responde que aquilo lembra o Natal e um touro que queima rápido (para espanto do outro agente do FBI que está no local), mas que mantém a sua forma original e ainda fala que Peter desenhava a genitália do touro nos enfeites de renas. Somente o Walter para fazer um comentário tão despropositado em um momento como esse. Peter pede que ela tente explicar o que aconteceu.
Walter diz que não há sinais de qualquer tipo de fogo ou combustão espontânea, mas que precisará analisar os restos mortais de Randy em seu laboratório, mas que para isso irá precisar de um aspirador de pó.
Broyles chega ao local e pergunta 'o que nós sabemos?'. Olívia lhe passa as informações básicas (nome dele, que foi encontrado pela esposa, para a qual preparou uma surpresa) e o coronel pergunta se Randy era médico ou se o mesmo trabalhava em um hospital ou ainda se ele esteve em algum hospital nas 24 horas anteriores, dando a entender claramente que sabe muito mais a respeito das circunstâncias em que Randy morreu. E ele confirma isso para Olívia, dizendo que não é a primeira vez que ele vê um fenômeno como esse.
Broyles abre os arquivos de quatro casos semelhantes que aconteceram em Washington, quando as vítimas também viraram pó, falando para Peter e Olívia que as vítimas trabalhavam ou tinham visitado o hospital 'Tyson General'. Broyles diz que, na época, ele foi contatado por um homem do Leste Europeu que conhecia os detalhes das mortes. Broyles também fala que tal homem somente se entregaria se o governo decifrasse uma fórmula, mas que na época ninguém conseguiu fazer isso, e que isso era a chave para resolver o caso dos assassinatos. Como isso não aconteceu, tal homem não fez mais contato.
Peter leva a fórmula para Walter e Olívia informa Broyles que, de fato, Randy esteve em um hospital (Latchmere General, em Boston) visitando a mãe.
Depois, vemos a tal 'sombra ambulante' no Latchmere, para onde Broyles e Olívia vão, junto com uma equipe de agentes do FBI, devido a um mandado judicial obtido pelo coronel. Como se percebe, há claramente um imenso interesse de Broyles em resolver o caso, tanto que ele foi bem rápido para conseguir o mandado. Desta vez ele não quer deixar de resolver o caso.
Analisando o corpo de Randy, que virou cinzas, Walter se lembrou do Natal e da genitália do touro que Peter desenhava em enfeites de renas... Quem mais faria isso? |
No hospital Latchmere, Olívia diz para Broyles que ele pode ir para casa descansar, mas ele se recusa a ir e diz para ela que, quando falou com o homem quatro anos antes, ele teve a nítida impressão de que o mesmo desejava parar com os assassinatos.
A 'sombra ambulante' vai ao hospital Latchmere (onde Olivia e Broyles estavam vigiando) e faz outra vítima, um paciente que estava deitado na cama e cujo rosto vira cinzas depois que uma mosca pousou sobre o mesmo. Broyles recebe a informação de que um funcionário do Latchmere chamado Tomas Koslov trabalhou em Washington, quatro anos antes, quando as mortes anteriores aconteceram.
Broyles, Olívia, Peter e uma equipe de agentes do FBI vão até o apartamento de Koslov, mas não o encontram. Broyles descobre que Koslov é um nome falso e que este forjou os seus registros médicos no emprego anterior. Peter descobre uma peça no local com palavras russas escritas na mesma. E também descobre-se uma digital no lugar.
Depois, vemos Broyles ouvindo a fita gravada quatro anos antes, quando conversou com Koslov e este lhe disse que era necessário decifrar a fórmula para acabar com os assassinatos, mas este ouviu que isso não tinha sido alcançado.
Broyles recebe um telefonema e se encontra com o Senador Van Horn, que lhe informa que a CIA irá tirar o caso das mãos do chefe da 'Fringe Division'. Porém, Broyles diz que investigou o caso quatro anos antes e que não irá abrir mão dele. Van Horn (que é um ex-agente do FBI e faz parte do Comitê de Inteligência do Senado) o informa que o próprio governo russo está investigando o caso e que Koslov tirou da Rússia algo que pertencia ao governo deste país.
Horn lamenta, mas insiste que Broyles deve largar o caso. Broyles se despede mandando lembranças à esposa de Van Horn, Patricia, o que mostra que eles não são apenas conhecidos, mas amigos próximos.
Na sequência, vemos Koslov com várias baterias em sua nova moradia, para onde foi após o seu apartamento ter sido descoberto pelo FBI. E vemos um outro aparelho com palavras russas escritas no mesmo.
Olívia ainda está no Latchmere Hospital, onde assiste ao vídeo de segurança que mostra a 'sombra ambulante' caminhando pelo corredor do local e constata que a mesma não tem um rosto.
Broyles informa Olívia que mesmo com a CIA tendo assumido o caso, ele continuará investigando o mesmo, mas que não devem deixar nada escrito e que qualquer troca de informação entre eles deve ser feita pessoalmente (pois ele sabe que a CIA irá grampear seus telefones). Olívia alerta Broyles sobre o perigo que ele corre ao fazer isso, mas Broyles fala que está ciente dos riscos.
A 'sombra ambulante' faz mais uma vítima. |
Broyles recebe um arquivo enviado pelo Senador Van Horn que, como velho amigo que é, não o deixa na mão e o informa a respeito das investigações que estão sendo feitas pela CIA neste caso. Depois de ler e ver o arquivo, Broyles informa Olívia que Timur (verdadeiro nome de Koslov) havia sequestrado seu próprio irmão, um astronauta, e o tirado da Rússia seis anos antes, depois que este voltou em coma e passou a ser estudado pelos cientistas russos. Olívia pergunta o que aconteceu com Aleks (irmáo de Timur) 'lá em cima', ou seja, no espaço, mas ele diz que não sabe.
E Olívia observa que Timur sempre trabalha na ala do coma dos hospitais e Broyles afirma que o mesmo está levando Aleks para tais locais a fim de protegê-lo. Quando Olívia sugere levar uma equipe do FBI ao Latchmere Hospital, Broyles informa que a equipe já está pronta para partir. É o Broyles demonstrando, novamente, um imenso interesse em resolver o caso e o motivo disso ficará mais claro posteriormente no episódio.
Depois de estudar o caso, Walter concluiu, corretamente, que a 'entidade' está, na verdade, em busca de radiação. E é por isso que ela penetra nas vítimas, tal como Astrid, também corretamente, acaba concluindo, o que, diz Walter, leva à desintegração das vítimas. Peter confirma a fala de Walter e informa que todas as cinco vítimas de quatro anos antes faziam tratamento com radiação na época em que morreram.
Tomas Koslov (Timur) aparece no hospital para levar um paciente embora e aplica um sedativo em uma enfermeira para poder levar o seu irmão para o local onde ele está residindo.
No laboratório, Walter tenta (acompanhado de Peter e Astrid) decifrar a fórmula da 'sombra ambulante' enquanto ouve ópera por três horas seguidas. Logo depois, chegam Olívia e Broyles, que pergunta se o astronauta pode ser o assassino. Walter diz que, na verdade, é algo que está dentro do astronauta o responsável pelas mortes e que é possível que, ao viajar para o espaço, o astronauta tenha voltado com a entidade dentro dele. Assim, o assassino seria um alienígena que teria a capacidade de se projetar, mas sem abandonar o corpo do hospedeiro (que, no caso, é Aleks, o irmão de Timur Vasiliev).
Obs1: No laboratório, a música que Walter ouve é 'Una Furtiva Lagrima', interpretada pelo tenor Mario Lanza.
Aliás, isso foi uma novidade em 'Fringe': Este foi o primeiro e único episódio da série em que tivemos o envolvimento de um alien no seriado e no qual ele era o 'vilão'. E isso foi feito de uma forma que se encaixou perfeitamente nas ideias e conceitos da série, sem que a trama do episódio parecesse ter qualquer laço de parentesco com 'X-Files' ou qualquer outra série de sci-fi que trate da questão alienígena.
Broyles pergunta a Walter se ele pode dizer para Timur que a fórmula foi decifrada. E Walter diz que sim.
O Observador aparece quando Broyles falava ao telefone no Latchmere Hospital. |
No laboratório de Walter, enquanto aguardam o telefonema de Timur, Olívia pergunta a Broyles porque justamente aquele caso era tão importante para ele. E Broyles explica que quando investigou o mesmo, quatro anos antes, a 'Fringe Division' estava com um prestígio reduzido e tinha perdido verbas do governo.
Então, na ânsia de tornar o mundo um lugar mais seguro, ele se envolveu tão intensamente no processo de investigação que a própria esposa dele não aguentou e terminou por pedir o divórcio. Assim, este caso havia sido a gota d'água e levou ao fim do seu casamento. Ele conclui dizendo que, por meio de seu trabalho, desejava tornar o mundo mais seguro para a sua família, mas que acabou perdendo a mesma.
Walter usa blocos de montar para ter uma representação física da fórmula. Quando a analisa, ele diz 'ah, não'. Koslov olha para o irmão e diz 'também estou cansado de fugir'. Logo depois, ele telefonema para Broyles que, por meio de Olívia, entra em contato com Walter. Este diz que tem más notícias e afirma que os próprios russos já haviam tentado remover o 'organismo' do corpo de Aleks, mas diz que não conseguiram pois eles se tornaram um, ligados em um nível molecular e que não há como separá-los.
Broyles repassa essa informação para Timur, que diz que tudo está sob controle e que o organismo não irá fazer mal a ninguém. Porém, logo depois o corpo de Timur começa a virar cinzas e o 'organismo' sai da casa. O telefone estava sendo rastreado e, com isso, foi possível identificar de onde ele ligou para Broyles.
Logo depois, eles (Broyles, Olívia, Peter e Walter) chegam ao local e encontram Koslov-Timur morto.
Walter, Peter e Olivia discutem sobre como poderiam trazer o organismo de volta ao corpo de Aleks, o que deixa Broyles exasperado.
Nisso, vemos uma garotinha assistindo tv em seu quarto, um desenho no qual trava-se o seguinte diálogo 'O lugar dele não é aqui. Não queremos saber dele. Livre-se dele; Eu posso ter uma cor diferentre, mas sou um leão igual a você', o que é uma referência clara à entidade/organismo de origem alienígena que está matando as pessoas em função da sua necessidade por radiação. Daí, a garotinha (Tara) fica assustada e dá um grito, o que leva Broyles imediatamente a sacar a sua arma e a atirar na cabeça de Aleks, matando-o instantaneamente.
Logo depois a mãe de Tara aparece no quarto, pergunta o que houve, mas a filha não responde, e quando a mãe aproxima a mão da filha ficamos na expectativa de saber se ela foi salva a tempo por Broyles ou se o seu corpo também irá virar cinzas... Felizmente, a garota está viva e diz que viu um 'homem-sombra' e que ele desapareceu.
Na sequência, vemos funcionários do governo russo que levam o corpo de Aleks embora. Broyles visita a ex-esposa (Diane) para avisá-la de que o caso que provocou o divórcio deles havia sido resolvido e ela diz que fica feliz por ele.
Quando estava indo embora, Broyles é procurado por um agente da CIA que lhe diz quando a CIA diz que é para abandonar um caso, então é bom levar o aviso a sério, senão tal pessoa poderá enfrentar sérios problemas. Broyles diz que deveria agradecer ao senador Van Horn. O agente da CIA diz que Broyles não deverá fazer nenhum relatório sobre o caso da entidade alienígena, insinuando que se isso acontecer, Broyles ficará encrencado.
Broyles pergunta o que fizeram com o astronauta. E o agente da CIA responde que não tiveram escolha, pois ele voltou a respirar. E daí ele olha para o espaço, como que dizendo que o organismo voltou para o seu habitat.
Fim.
No final do episódio, o agente da CIA informa Broyles que o organismo alienígena foi devolvido para o espaço. |
Conclusão:
Este episódio é totalmente centralizado na figura de Broyles, incluindo o seu passado pessoal (divórcio da esposa) e profissional (a investigação sobre o caso que ele fez quatro anos antes). E vimos que ele tinha um antigo, bom e leal amigo no Comitê de Inteligência do Senado, que é o Senador Van Horn, do qual é tão próximo que até manda lembranças para a esposa deste (Patricia).
Olívia foi, aqui, de certa maneira, a investigadora que ajuda Broyles no caso, mas o comando, mesmo, da investigação coube inteiramente ao chefe da 'Fringe Division'.
Uma novidade do episódio é que ele foi o único da série a tratar de um caso envolvendo um alienígena e a história foi conduzida bem a maneira de 'Fringe' e não de outra série de Sci-Fi. Praticamente assiste-se ao episódio como se o mesmo fosse apenas mais 'caso Fringe' tradicional e mal lembramos que o vilão é um alien.
E praticamente não há nenhuma cena ou diálogo que se conecte com a Mitologia da série, não existindo qualquer referência às crianças cortexiphadas, à guerra entre os Universos, aos shapeshifters ou ao fato de Peter ter vindo do Universo Vermelho.
Apenas ficamos sabendo que os russos também desenvolveram a sua própria versão de uma 'Fringe Science', mas não ficamos sabendo se tivemos as versões russas de Bell, Walter e Nina, os três malucos psicodélicos que viveram todas as aventuras possíveis e imagináveis nos anos 1960-1970 e que mudaram a história da Humanidade.
O episódio tem começo, meio e fim e foi, de fato, uma forma de sabermos mais a respeito de Broyles e de mostrar que este também sabe, sim, como conduzir uma boa investigação.
Este foi o 'Episódio Broyles' de 'Fringe'.
Este foi o 'homem-sombra' alienígena assassino que a garota (Tara) viu no final do episódio e que foi enviado de volta para o seu habitat: o Espaço, a Fronteira Final. |
Frases e Diálogos:
1) Olívia: Isso não faz o menor sentido. Sem sinais de arrombamento ou luta.
2) Walter (para Peter): Ah, você adorava isso quando era garoto. Você cutucava o touro com seu dedinho quando esfriava. E desenhava a genitália nos enfeites de renas.
Peter: Boas lembranças, Walter.
3) Walter: Peter, nós precisamos de um aspirador.
Peter: Um aspirador de pó?
Walter: Sim, tem razão. Nós precisamos de vários.
4) Peter: Todas as vítimas faziam tratamento com radiação na época da morte delas.
Walter: Menos o sujeito da cobertura. Ele morreu de azar.
Peter: No dia em que foi ao hospital Latchmere, ele tinha sentado na janela do avião. Nove mil metros mais próximo do sol, é como tirar uma radiografia da cabeça.
Astrid: E esta coisa o seguiu desde o hospital? Vou ficar semanas sem dormir.
5) Walter: Preciso expandir o meu raciocínio.
Peter: Se você estiver procurando ácido, Walter, pode esquecer. Eu joguei fora.
Walter: Não, filho. Não é disso que eu estou precisando.
7) Broyles: Aceitei este trabalho para tornar o mundo seguro para minha família. Em vez disso, eu os perdi.
Informações Adicionais:
Audiência: 4.860.000;
Data de Exibição nos EUA: 05/11/2009;
Diretor: Jon Cassar;
Roteiro: Joel H. Wyman e Jeff Vlaming;
Glyph Code: DEJAVU
Músicas que tocaram no episódio:
http://www.tunefind.com/show/fringe/season-2/4917
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