domingo, 20 de maio de 2012

'Fringe': Afinal, qual é a origem dos Observadores? - por Marcos Doniseti!

'Fringe': Afinal, qual é a origem dos Observadores? - por Marcos Doniseti!

Afinal, qual foi a origem dos Observadores? 

Um dos temas mais comentados, nas redes sociais, pelos fringemaníacos, é a questão da origem dos Observadores.

Nesta quarta temporada, recentemente encerrada, felizmente tivemos mais informações a respeitos dos mesmos, sobre os quais sabíamos muito pouco até o fim do terceiro ano da série. 

Entre as principais informações sobre os mesmos, podemos citar as seguintes:

1) Eles são a Humanidade do futuro, altamente evoluída cientifica e tecnologicamente. O September chegou a dizer para o Peter que eles são cientistas. A origem humana dos Observers também foi comprovada pela fala do Walter (pouco antes de conectar as mentes de Peter e do September), que disse que eles tem fisiologia totalmente humana;

2) Eles devastaram com a Terra (poluindo totalmente a água, o ar, aniquilando com os animais) e, no início do século 27 (em 2609 d.C., para ser exato), a vida para os Observers tornou-se insustentável, o que os levou a enviar vários Observers 'exploradores' ao passado do planeta, a fim de se analisar qual seria o melhor momento para uma possível ida deles ao mesmo. 

No caso do século 21, parece que o Observador encarregado dessa tarefa foi o September, que era sempre quem aparecia quando se tratava de dar dicas e informações para Walter, em especial. Com isso, ele criou fortes laços com a Humanidade desta época (há até uma teoria de que aquele Observer-criança que vimos no episódio 'Inner Child' seria o September, mas isso é algo que precisa ser comprovado) e pelo que vimos em 'Letters of Transit', ele foi o único Observer que ajudou aos seres humanos quando estes foram atacados e destruídos pelos Observers vindos do século 27.

O momento escolhido para esse 'retorno' dos Observers (e, assim, conquistando a Terra e aniquilando com quase todos os humanos) foi o do começo do século 21, quando a Humanidade já tinha atingido um certo estágio de desenvolvimento científico e tecnológico, mas ainda se encontrava numa situação inferior à vivida pelos Observers, que são muito mais avançados em ciência e tecnologia;

3) Eles possuem uma série de poderes e habilidades, como: a regeneração de tecidos, leitura de mentes, domínio mental sobre outras pessoas, grande velocidade em seus gestos e movimentos (conseguem neutralizar as balas que são disparadas contra eles, por exemplo; September e August já demonstraram isso; se os demais não o fizeram é porque, talvez, nunca ninguém disparou bala nenhuma contra eles), viajar pelo espaço-tempo, observando os acontecimentos 'in loco', ou seja, no exato instante em que eles ocorrem e apagar pessoas do tempo, por exemplo.

Há uma discussão para saber se todos os Observers possuem tais poderes ou não mas, independente disso, o fato é que diferentes Observadores já demonstraram possuir tais poderes, em algum momento da história de 'Fringe'. Talvez até exista uma hierarquia de poderes entre eles, com alguns sendo mais poderosos do que outros, mas isso é algo que ainda precisa ser devidamente comprovado. 

Julho, Setembro, Agosto e Dezembro são 4 membros da equipe original de Observadores, formada por 12 cientistas.

Também vimos que, para fazer uso de alguns destes poderes, os Observers se utilizam de aparelhos e equipamentos mecânicos-eletrônicos.

Exemplo: Quando o September recebeu nova ordem (a qual ele não cumpriu) de apagar o Peter (fato mostrado no início do quarto ano) ele comprou uma série de itens e montou um equipamento, ao qual ele iria utilizar para poder 'apagar alguém da linha do tempo'.

Aliás, o fato dele, September, ter comprado esses itens do equipamento em pleno início do século 21, mostra que já existem (nesta época) os elementos necessários para desenvolver a tecnologia para apagar uma pessoa do tempo. Porém, tal tecnologia ainda é desconhecida da Humanidade.

Já quando se utilizam do poder de leitura de mentes, não há (aparentemente) nenhuma tecnologia envolvida neste processo, parecendo ser um genuíno e autêntico poder mental que os Observers possuem.

A questão é: Por que os Observers, tendo poderes mentais relevantes, precisariam de tecnologia para poder utilizar vários (ou até muitos...) dos seus poderes? Uma possível explicação para isso é que o uso destes poderes gera muito gasto de energia. Assim, utilizar tais equipamentos seria uma maneira prática de reduzir tal dispêndio de energia. 

E o fato dos Observadores terem, também, sufocado os seus sentimentos e emoções tenha sido feito de propósito, com o objetivo de manter o uso pleno dos seus poderes, sem gastar muita energia, também. 

É interessante notar como os Observers nunca dão risada, nem choram, não sentem dor - vide o que a Jessica Holt falou pouco antes de atirar em September - e o sentimento de amor é extremamente raro entre eles, vide o episódio 'August'. Aliás até um sentido como o paladar quase desapareceu entre eles, tanto que eles tem que colocar 'toneladas' de uma pimenta fortíssima em suas comidas para tentar sentir o sabor das mesmas. 

Observadores estão presentes em inúmeros acontecimentos da história, antigos e recentes.

E esse pequeno gasto de energia que eles têm, devido ao uso de uma tecnologia bastante avançada, também ajudaria a explicar porque eles sentem tão pouco a passagem do tempo e, assim, vivem muito mais do que os humanos do início do século 21.

Outra questão importante é: Afinal, qual é a origem dos Observadores? Como já vimos, eles tem origem humana. Quanto a isso, não resta nenhuma dúvida. Mas, qual a sua origem, propriamente falando? Eles seriam descendentes de quem, afinal? Que tipo de ser humano teria gerado os Observadores?


Já apresentei, em textos publicados aqui no blog, duas possibilidades para isso: 

A) Eles seriam descendentes da Olívia cortexiphada, que possui vários poderes e habilidades em comum com eles (a leitura de mentes, por exemplo); 

B) Eles seriam descendentes dos mais de 200 filhos do Dr. Owen Frank, que desejava criar 'um ser humano melhor', ou seja, mais poderoso e mais evoluído e que, para conseguir isso, gerou mais de 200 crianças (da qual ele era o pai) com poderes como o de telepatia. Para conseguir isso, ele manipulou o código genético dessas crianças. 

Porém, entendo que estas duas possibilidades não são as únicas. 

Existem mais duas hipóteses pelo menos, a meu ver, que devem ser levadas em consideração, que são:

1) As crianças cortexiphadas (todas elas e não apenas a Olívia) teriam gerado os Observadores, no futuro da Humanidade. 

As pesquisas e testes de Walter e Bell com essas crianças visava desenvolver poderes e habilidades potenciais do ser humano, que estão inertes no mesmo, promovendo um grande desenvolvimento do seu poder mental. Para isso é que o cortexiphan foi criado e os testes com essas crianças foram realizados. 

E muitas destas crianças desenvolveram os mais variados poderes (leitura de mentes - Simon Philips; transferir e absorver doenças - James Heath; controle de energia - caso da Olívia; etc), mas que geravam um imenso gasto de energia. Vimos isso acontecer com Olívia, recentemente, quando ela foi utilizada por William Bell para gerar a energia necessária a fim de se destruir com os dois Universos e criar um novo. Depois disso, ela estava exausta. Simon Philips (cortexiphado que lia as mentes dos outros) sempre ficava exausto quando usava o seu poder.

E como vimos que os Observers se utilizam do seu poder mental para fazer uso dos seus poderes (com o auxílio da tecnologia e reprimindo os seus sentimentos, mas pelos motivos que já citei aqui, ou seja, de poupar energia), então pode ser que eles venham a ser os descendentes das crianças cortexiphadas. 

Nick Lane, Sally Clark e Walter quando estiveram no Universo Alternativo e eram perseguidos pela Fringe Division do mesmo ('Over There - Parte 1; 2X22)..

2) Os Observadores seriam descendentes dos transmorfos, que William Bell criou. Na Timeline Original, Bell ajudou Walternativo a criar os transmorfos. Já nessa Timeline Reescrita, a guerra entre os dois Universos foi interrompida e, assim, é provável que Bell tenha feito quase tudo sozinho, criando os transmorfos sem a colaboração de outros (talvez de Jones). 

Nesta quarta temporada, vimos que Jones (e Bell, portanto) usaram dos transmorfos para levar adiante os seus planos. E eles conseguiram (isso foi mostrado logo no início da temporada) criar um transmorfo que era idêntico a um ser humano até a última célula, sendo que a única forma de se descobrir isso era fazendo uma cirurgia para encontrar o HD dos transmorfos e, daí, fazer a leitura e interpretação dos dados contidos no mesmo. 

Além disso, vimos que vários dos transmorfos se tornaram cientistas, que faziam testes e pesquisas a fim de completar o seu processo de transformação em seres humanos. E o que foi que o September disse para o Peter, mesmo, a respeito dos Observers? Que eles são... cientistas. 

Então, é possível que estes transmorfos (que se tornaram humanos, tendo uma fisiologia humana e com células idênticas às dos seres humanos) tenham evoluído e ampliado consideravelmente os seus poderes até resultar no surgimento dos Observers.

Repito: Tudo isso são possibilidades e, talvez, uma delas venha a se confirmar. Ou não. 

Quem decidirá isso, no fim das contas, são os produtores e roteiristas do seriado.

Agora, vamos pensar em uma outra possibilidade, que está diretamente relacionada com todas essas que apresentei aqui, e que é a seguinte:

E se as crianças cortexiphadas crianças por Walter-Bell, os filhos geneticamente modificados do Dr. Owen Frank e os transmorfos criados por Bell deram origem a Humanidades distintas e que entraram 'em guerra' no futuro da Terra, visando controlar o planeta?

E se os Observers, na Timeline mostrada em 'Letters of Transit', foram os vencedores desta 'guerra', travada entre estas diferentes Humanidades, dominaram o planeta, o devastaram no século 27 e, daí, vieram ao século 21 para conquistá-lo novamente?

Não seria a primeira vez que diferentes Humanidades entraram em choque pelo domínio da Terra, não. E aqui não estou falando sobre 'Fringe', mas da história humana, mesmo. 

É do conhecimento dos cientistas que o homo sapiens e o homem de Neandertal conviveram durante milhares de anos, mas que apenas a primeira espécie sobreviveu. Os neandertais acabaram extintos, embora eles tenham se cruzado com o homo sapiens.

Então, pode ser que algo assim tenha se desenvolvido no futuro da Humanidade, nesta Timeline mostrada em 'Letters of Transit' e que pode não ser o único futuro possível da Humanidade. Aliás, isso foi algo que o September disse para Walter, na terceira temporada. 


September disse que diferentes possíveis futuros da Humanidade estavam em conflito e que ele sabia qual deles seria vitorioso, mas que não podia dizer qual era. 

Ele podia estar, como é provável, se referindo ao conflito entre os dois Universos, que se desenvolveu durante o terceiro ano da série, mas talvez ele já estivesse falando sobre o futuro seguinte, posterior ao fim da guerra entre os dois Universos.

Então, existem elementos na série que apontam para várias possibilidades a respeito da origem dos Observadores e do futuro da Humanidade. 

Vamos ver qual será a escolhida pelos produtores da série e que, inclusive, podem até escolher uma outra, totalmente diferente. 

Porém, independente disso, o próprio Jeff Pinkner (que é um dos dois produtores-roteiristas que comandam a série, junto com Joel Wyman) disse o seguinte a respeito da 5a. temporada de 'Fringe':  

Pinkner: Vocês verão mudanças, mas também irão ver coisas que são familiares, também.

Links:

Olívia teria gerado os Observers? Ou teria sido o Dr. Owen Frank?

http://popeseries.blogspot.com.br/2012/05/fringe-por-que-os-observadores-seriam.html

Homo sapiens e o homem de neandertal conviveram e se cruzaram:

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,homem-de-neandertal-e-homo-sapiens-conviveram-e-deixaram-descendentes-diz-estudo,594146,0.htm

Jeff Pinkner e Joel Wyman falam sobre a 5a. temporada de "Fringe" (cuidado: contém Spoilers):

http://zonafringe.blogspot.com.br/2012/05/detalles-revelados-sobre-la-temporada-5.html

Cena do episódio 'The Arrival' 1X04:



David Bowie - 'Heroes' - (live)!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

'Fringe': Os possíveis futuros da série! - por Marcos Doniseti!

    'Fringe': Os possíveis futuros da série! - por Marcos Doniseti!


    Danilo,

    Que os cortexiphados poderiam ser usados como soldados, isso é óbvio, pois eles foram criados para isso mesmo. E isso inclui a Olívia. Aliás, analisando melhor: Os cortexiphados não são soldados. Eles são AS ARMAS. Todos eles podem ser usados como armas. Eles foram criados para isso.

    Aliás, foi exatamente isso que o Bell fez com os 27 cortexiphados em 'Worlds Apart' e, agora, com a Olívia, nos dois episódios finais. Quem os controla já possui um verdadeiro exército e que é extremamente poderoso. E Bell sabe disso melhor do que ninguém, é claro.

    Para que você precisa de bombardeiros ou de armas nucleares, se você pode usar 27 crianças cortexiphadas para destruir com dois Universos e criar um novo? E para que outras armas se você tem uma Olívia que pode ser utilizada como uma fonte de energia com força suficiente para, também, aniquilar com dois Universos e criar um novo, certo?

    E a Olívia é uma candidata forte para muitas coisas, sim, principalmente para gerar uma Humanidade mais evoluída, principalmente porque ela foi a cortexiphada mais bem sucedida. Ela sempre foi a mais forte, como Bell e Walter cansaram de dizer.

    E eu nunca disse que a minha teoria de que os Observadores descendem da Olívia é a única possibilidade na série. Escrevi isso no texto, inclusive.

    Comentei sobre o caso do Dr. Owen Frank, que também queria criar um 'ser humano melhor', mais evoluído, com muito mais poderes, tal como Bell e Walter também desejavam (mas usando o poder do cérebro em vez de manipular o código genético humano, como fazia o Dr. Frank).

    Mas, entendo que existem elementos suficientes na história de 'Fringe' que apontam para essa POSSIBILIDADE, sim.

    E eu também não disse que a Olívia geraria os Observadores de imediato. Estes surgem no futuro da Humanidade, é claro.

    E as frases do September não são subjetivas. Quando ele diz que os Observadores são os seres humanos evoluídos do futuro e o Walter comprova que a fisiologia deles é HUMANA, não vejo como seja possível enxergar subjetividade alguma nisso.

    E o September também possui a capacidade de ver o que acontece no espaço-tempo, não estando preso a nenhum momento específico, correto?

    Então, quando ele diz que os Observadores são a Humanidade do futuro, entendo que ele saiba do que está falando. Tal frase também não tem nada de subjetiva. Nada.

    Quanto a essa linha mais mitológica (usando dos símbolos sumérios, por exemplo) que você citou, ela é recente na série e pode vir a ser aprofundada, sim, na quinta temporada, mas isso ainda é uma hipótese que precisa ser confirmada. Bell usou da língua suméria e, agora, se utilizou das runas de êxtase para neutralizar (temporariamente) o September. A questão é: esses elementos serão melhor explorados no quinto ano ou foram apenas usados nessas situações específicas da quarta temporada? Não sabemos.

    Tudo que escrevi é conclusão minha? Claro que é, mas também é inteiramente baseada nos fatos mostrados no seriado durante estas quatro temporadas. Não inventei nada.

    Sobre as imagens do September, basta ver todas aquelas fotos que a Olívia mostra para Broyles, nas quais o September aparecia. E também lembro de um quadro sobre a Revolução Francesa e é possível perceber que se tratava de September, sim.

    Mas, independente disso, o que estou afirmando é que o September é o Observer mais presente em tudo o que se relaciona aos eventos 'Fringe' e também é aquele que estabelece as mais fortes conexões com os seres humanos desta época.

    Aliás, é perceptível que ele desenvolveu uma forte identificação com a Humanidade. September é o único Observer que ajuda a Humanidade. Nenhum outro faz isso.

    Aliás, o Walter disse isso em 'Letters of Transit', falando que o September foi o único Observador que os ajudou, demonstrando profunda tristeza pelo que aconteceu com ele (tudo indica que ele foi morto, portanto, como eu já disse aqui).

    E os fatos mostrados na série comprovam isso que o Walter falou. Não sou eu inventando essas coisas, para que elas se encaixem na minha teoria. E também não inventei essa teoria a partir do nada.

    Eu me baseei inteiramente naquilo que foi mostrado no seriado. Minha interpretação dos fatos pode vir a se revelar equivocada? Claro que sim. Mas dizer que eu inventei tudo isso, sem nenhuma base no que foi mostrado no seriado, é um absurdo total.

    Retomando: Na série, September é o único Observer que aparece para avisar Peter ou Walter sobre algo importante que está para acontecer, que lhes passa informações importantes, que dá dicas. August, quando procurou Walter, foi para pedir ajudar e não para oferecer.

    Entendo que tudo isso demonstra que há uma nítida preocupação dele, September, com os seres humanos e que isso não existe por parte dos demais Observers, com a única exceção do August, que se apaixonou por uma garota e que se sacrificou por ela, mas isso foi um caso específico e isolado. August se apaixonou por uma pessoa, enquanto que a identificação do September é com a Humanidade em geral. São situações distintas, portanto.

    E se ele, o September, for mesmo o Observer-criança de 'Inner Child' (como você mesmo já defendeu aqui, embora agora já esteja mudando de ideia, sabe-se lá porque...), que criou uma forte conexão emocional com a Olívia, então esse é mais um dado que reforça essa ligação dele com a Humanidade.

    Assim, as informações disponíveis já são mais do que suficientes para apontar essa forte conexão existente entre September e os seres humanos.

    Veja, por exemplo, o contraste do comportamento dele, September, com o do Windmark, que disse para o Broyles que valoriza mais os animais do que os seres humanos. September jamais diria algo assim.

    Danilo, você errou: Não foi a guerra entre os Universos que acabou com a ponte. Na verdade, ela gerou a ponte, pois Peter descobriu (quando entrou na Máquina ao final do 3o. ano) que a guerra iria aniquilar com os dois Universos. Daí, para encerrar essa guerra, ele criou a ponte, a fim de obrigar os dois lados a colaborarem entre si. A criação da ponte, pelo Peter, é que colocou um fim na guerra entre os dois Universos.

    E September foi bem claro quando disse para a Olívia que ela teria que morrer em TODOS os futuros possíveis. Assim, se ele diz algo assim (e mesmo com ele podendo ser o Observer-criança que criou uma forte conexão emocional com ela) é porque a Olívia não terá um papel muito positivo na posteridade (na visão de September, é claro), mesmo que isso não seja fruto da vontade dela. É fácil deduzir isso: basta ver como Bell usou da Olívia como a fonte de energia para destruir com dois Universos e criar um novo, o que a deixou profundamente abalada, é claro. Logo, ele falou morrer no sentido de que ela teria que ser apagada da história, mesmo, porque algo de ruim sairá dela, em TODOS OS FUTUROS POSSÍVEIS.

    Então, se ele diz algo desse tipo, é porque ou a Olívia é uma arma poderosa e altamente destrutiva e que pode ser usada numa guerra para aniquilar com os inimigos (independente de quem sejam),. como você mesmo afirmou, ou ainda como arma de aniquilação de Universos, ou então é porque ela gera uma descendência destrutiva, e que podem ser, sim, os Observadores, pois ambos (Olívia e Observers) possuem poderes e habilidades que são resultados de pesquisas científicas e tecnológicas.

    Olívia é uma arma, extremamente poderosa (que pode até ser usada para destruir Universos, como o Bell demonstrou) e cujos poderes são resultados das pesquisas feitas com o Cortexiphan. Ela foi criada. Portanto, ela é, (tal como todas as demais crianças cortexiphadas) fruto da ciência e da tecnologia.

    Aliás, esse sempre foi um dos temas principais da série, ou seja, o uso dos conhecimentos científicos e tecnológicos com finalidades destrutivas e que poderiam, até, gerar a destruição de nossa Civilização.

    Inclusive, do que fala o manifesto do ZFT, escrito pelo Bell, mesmo? Da destruição da Humanidade por uma tecnologia avançada. E ele, depois, colocou tais ideias em prática e somente não atingiu os seus objetivos porque foi impedido, como vimos neste final de quarta temporada.

    Aliás, se os poderes e habilidades dos Observers são fruto de tecnologia e os das crianças cortexiphadas também são, então esse é um elemento a mais que reforça a teoria que defendo, de Olívia ter sido a fonte geradora deles.

    Logo, falta apenas a confirmação da origem dos Observers.

    Então, dessa função negativa da Olívia na história temos duas possibilidades reais, até o momento, sendo que uma delas já foi confirmada, que foi o uso da Olívia como uma arma poderosa, pelo Bell, para atingir os seus objetivos de destruir com os dois Universos e criar um novo.

    Reafirmo que todas as minhas hipóteses e teorias, que podem vir a se confirmar ou não, como já escrevi aqui no blog, são baseadas em fatos mostrados nos episódios da série. Não inventei nada. 
    Pode-se até discordar da interpretação que dou a esses fatos, mas daí a dizer que eles são fruto do meu desejo e que não tem nenhuma conexão com a série, é o fim da picada, como estou demonstrando aqui.

    Todos os cortexiphados, como já comentei, são armas. E cada um deles, com os seus poderes e habilidades distintos, seria (originalmente) uma arma a ser utilizada contra o Universo-B (explicação dada inicialmente na série) ou até para destruir com os dois Universos e se criar um novo, como Bell fez com a Olívia. E para impedir isso, foi necessário matá-la, mesmo que temporariamente.

    E que a Olívia precisa ser ativada, isso é óbvio. Aliás, isso também reforça o caráter totalmente não-natural dos seus poderes. Se eles fossem naturais, a ativação seria desnecessária e ela precisaria, apenas, aprender a controlar e a usar dos seus poderes, que já fariam parte dela desde o seu nascimento. Mas não foi isso que vimos na série. E isso vale para todos os cortexiphados.

    No caso da regeneração dos tecidos pelos Observers, veja o caso da cena em que o September foi ferido pela Jessica. Quando a Olívia pergunta se ele poderia se regenerar, ele diz que não, pois está preso às runas. Daí, o ferimento continua sangrando. E no final do episódio, já libertado pelo Peter, ele aparece para avisar Walter sobre a vinda dos 'Outros' e não há mais ferimento algum. O sangue sumiu totalmente.

    A regeneração do corpo do September aconteceu. E pela fala da Jessica, esse poder é fruto de tecnologia, tais como os poderes da Olívia e das crianças cortexiphadas também são.

    Qual é a diferença entre eles (Olívia e os Observers), então?

    E a técnica de regeneração de tecidos sempre foi uma das especialidades do Walter. Aliás, foi em função dela que a Olívia o procurou no St. Claire's, quando John Scott estava morrendo, lá no episódio 'Piloto'. Então, não é apenas no Universo-B que ela existe. No Universo-A também existe, há muitos anos, e o Walter é o principal expoente dessa linha de pesquisa.

    Portanto, não é surpreendente, como alguns fãs andaram reclamando por aí, que Walter tenha conseguido fazer com que o cortexiphan tenha o poder regenerativo. Walter é o Pelé da regeneração de tecidos e sua genialidade não desapareceu, mesmo que seja prejudicada pela retirada de parte do seu cérebro.

    Logo, a habilidade de Olívia, e dos demais cortexiphados, também é fruto de tecnologia, Danilo. E o seu comentário confirma isso. Afinal, o cortexiphan foi uma droga criada por Bell e não é natural. E a Olívia precisa do cortexiphan em grandes doses, como você mesmo disse, para fazer uso desses poderes e habilidades. Então, tanto no caso de Olívia e dos demais cortexiphados, como no caso dos Observers, os poderes e as habilidades são fruto de uma tecnologia.

    Pergunto novamente: Qual é a diferença entre eles, então?

    Quanto aos tiros, lembro-me muito bem de August neutralizando as balas que foram disparadas contra ele, no episódio em que ele morreu. E o September fez o mesmo, quando Jessica usou a primeira arma contra ele. Já são dois Observers com essa capacidade, certo?

    Então, ela me parece ser bastante comum entre eles. E porque eles seriam os únicos? Se os outros Observers que apareceram não fizeram uso desse poder é porque isso não foi necessário, ainda, pois ninguém disparou bala alguma contra eles. Portanto, considero prematuro dizer que somente August e September tem esse poder.

    Assim, o poder dos cortexiphados (tanto os mentais, como os físicos) são consequência dos testes feitos com eles pelo Bell e Walter. Tais poderes foram ativados de forma ARTIFICIAL, para serem usados como armas. Eles não surgiram como resultado de uma Evolução Natural da espécie humana. Não há nada de natural nestes poderes, portanto.

    Mesmo a Olívia, a cortexiphada mais bem sucedida e a mais forte, precisa ser ativada, ou pelo medo ou pela injeção de cortexiphan em seu organismo, como você também afirmou.

    Olívia pode ter gerado uma Humanidade mais evoluída no futuro, que seja distinta dos Observadores e inimiga mortal destes, como você disse? Sim, claro que pode. É uma hipótese bastante interessante, até, essa que você apresenta.

    Mas, até o momento não foi mostrado nenhum indício disso na série. Quais as informações, pistas, dicas, elementos que foram mostrados na série que apontam para essa possibilidade? Não me lembro de nenhuma. Isso é possível? Claro que é. Como disse o Walter 'Tudo é possível. Até Papai Noel'.

    Porém, as conexões existentes entre as crianças cortexiphadas (Olívia em especial) e os Observers me parecem ser muito mais numerosas para serem ignoradas.

    E você também esqueceu que a razão apresentada (isso foi dito na série... não se trata de um desejo, meu, ok?) para a vinda dos Observers para o século 21 não foi que outra Humanidade, mais evoluída do que a deles, estivesse ameaçando exterminar com eles, mas que eles mesmos devastaram com a Terra, tornando sua existência inviável lá no século 27, informação que o September (em 'Letters of Transit') passou para o Walter, segundo comentário feito por este último.

    Então, ATÉ O MOMENTO, não há elementos na série que apontem para essa possibilidade que você defende.

    Há muitos futuros possíveis para essa Humanidade em 'Fringe' e não é nenhum absurdo apontar para essas duas possibilidades que apontei em meu texto como um dos futuros possíveis na série, ou seja a de que a Olívia super-poderosa ou os filhos do Dr. Owen Frank (geneticamente modificados) sejam os responsáveis pela geração dessa Humanidade altamente evoluída do futuro (obs: tenho mais uma teoria sobre isso, mas irei apresentá-la em outro texto, que espero escrever durante esta semana).

    Inclusive, o próprio September disse isso para o Walter, na terceira temporada, chegando a falar que havia um conflito entre todos estes 'futuros possíveis' e que, ele, September sabia qual seria o resultado final desse conflito, mas que não poderia falar nada a respeito.

    Assim, entendo que existem elementos na série que podem vir a confirmar a minha teoria de que Olívia gera os Observadores, sim. Isso significa que é isso que será confirmado na 5a. Temporada? Claro que não.

    Eu não estou tentando adivinhar nada a respeito do futuro de 'Fringe', embora eu já tenha escrito e publicado aqui no blog (em Junho de 2011), um texto dizendo que os Observadores é que eram os grandes vilões de 'Fringe' e, daí, vimos que isso se confirmou, em pelo menos um dos possíveis futuros da Humanidade, tal como foi mostrado em 'Letters of Transit'. Estou apenas tentando analisar as possibilidades para tudo o que estamos vendo na série e, assim, poder compreendê-la melhor.

    Pode ser, Danilo, que eu esteja equivocado, e eu mesmo admito essa possibilidade no texto que escrevi, apontando a hipótese de que, talvez, os Observadores sejam descendentes dos filhos do Dr. Owen Frank e não de Olívia.

    E também pode ser que uma terceira alternativa apareça no seriado na próxima temporada, tal como você afirmou. Mas, até o momento, não vi informações, elementos, pistas ou dicas disso nestas quatro temporadas para essa 'Terceira Via' emergir em 'Fringe'.

    Porém, uma coisa que eu percebo em 'Fringe' é que as soluções dadas para essas grandes tramas mitológicas sempre se utilizam de elementos que já foram apresentados anteriormente no seriado.

    Exemplos:
  1. Olívia e as crianças cortexiphadas foram criadas para ser armas, certo? E eles foram usados como tais, pelo Bell, nos três últimos episódios da temporada;

  2. Veja a cena em que Jessica está sendo interrogada (post-mortem) e a cena de Amanda Walsh (na cadeira) em 'Marionette';

  3. Veja o caso da regeneração de tecidos do cérebro de Olívia e não se esqueça que Walter é o Pelé dessa linha de pesquisa e que isso já tinha sido usado por ele para salvar John Scott.
    Assim, há uma linha de continuidade bem clara em 'Fringe'.

    Logo, quando se tratou de dar um conclusão para essa 'Mitologia do Bell', os produtores e roteiristas usaram de elementos que já tinham aparecido na série: crianças cortexiphadas, regeneração de tecidos, poderes da mente, etc. Qual era a novidade em tudo isso?

    Então, penso que o mesmo se dará com relação ao que veremos no quinto ano. Teremos alguns elementos novos na série? Claro que sim. Mas estou convencido de que, no final, muito do que já vimos estará sendo utilizado para dar um fechamento para o seriado ao final da próxima temporada.

    Assim, em função de tudo isso, entendo que é totalmente prematuro da sua parte descartar por completo, como você faz em seus comentários, essa possibilidade que apontei em meu texto, que é o de que a Olívia seria a fonte geradora dos Observadores.


    Obs.: Chamo essa trama (desenvolvida durante estes quatro anos) de 'Mitologia do Bell' porque ele foi o grande responsável por tudo o que vimos no final do quarto ano e era quem estava por trás de tudo com relação ao Padrão, à guerra entre os Universos (quem ajudou a criar os transmorfos? Quem criou as armas usadas pelo exército do Walternativo? Bell...), com a criação das crianças cortexiphadas, com a ativação e uso da Olívia como arma e, também,com e a tentativa de se aniquilar com os dois Universos e criar um novo. 

    Obs2: Danilo, minha resposta para os seus comentários mais recentes ficou muito grande e, dai, decidi criar um novo post para poder respondê-lo. Peço-lhe que publique suas mensagens aqui, ok? Obrigado.

domingo, 13 de maio de 2012

'Fringe': Por que o final do 4o. ano foi coerente com a Mitologia do seriado! - por Marcos Doniseti!

'Fringe': Por que o final do 4o. ano foi coerente com a Mitologia do seriado! - por Marcos Doniseti!




Alguns fãs de 'Fringe' dizem não ter gostado do final da quarta temporada, pois os poderes da Olívia teriam aumentado 'rapidamente', de uma hora para a outra.


Bem, o fato é que o aumento dos poderes de Olívia, em função dos testes com o cortexiphan, é totalmente coerente com tudo o que foi mostrado em 'Fringe' nestes quatro anos. 


Afinal, porque Bell e Walter fizeram tais testes, com todas aquelas crianças (incluindo a Olívia, é claro) mesmo? Para desenvolver as potencialidades do cérebro humano, oras! Com isso, eles criariam uma humanidade mais poderosa, mais evoluída, dotada de inúmeros poderes e habilidades. 


E eles (Walter e Bell) sequer foram os únicos a fazer isso nestes quatro anos de série.


O Dr. Owen Frank (no episódio 'A Better Human  Being', desta quarta temporada) também fez o mesmo, com a diferença de que ele promovia manipulações no código genético em vez de fazer testes no cérebro.


Aliás, Walter sempre disse que 'o que o cérebro humano pode fazer é que é maravilhoso'. 


Portanto, a partir do momento em que Bell ativou Olívia, neste quarto ano, aplicando cortexiphan nela, qual é a surpresa em que Olívia expanda os seus poderes dessa forma? 


Até mesmo a regeneração de tecidos já tinha sido mostrada no episódio 'Piloto' da série e, portanto, também não era nenhuma novidade.


Então, as soluções adotadas pelos produtores e roteiristas de 'Fringe' foram totalmente coerentes com o que vimos durante estas quatro temporadas. 


Outro exemplo disso: Vejam a cena da Jessica Holt no laboratório, revirando os olhos depois de ser morta por Olívia e sendo interrogada pelo Peter e pela Nina, e assistam 'Marionette', episódio do terceiro ano, no qual um cientista tentou fazer o mesmo com uma jovem de 17 anos (Amanda Walsh).


Logo, existe uma clara linha de continuidade entre tudo o que foi desenvolvido no seriado durante quatro anos e o que foi mostrado no final da quarta temporada. 
 
Assim, esses episódios finais fizeram o que, afinal? Simples: Eles usaram de muitos dos elementos e idéias que foram trabalhados e desenvolvidos durante quatro anos e os usaram para dar um desfecho para a Mitologia da série. 


Pode-se até não gostar do final (o que não é o meu caso), mas daí a dizer que o mesmo não foi coerente com o que vimos em 'Fringe' durante estes quatro anos vai uma gigantesca distância.

'Fringe': Dúvidas e reflexões sobre o final da 4a. Temporada - por Marcos Doniseti!

'Fringe': Dúvidas e reflexões sobre o final da 4a. Temporada - por Marcos Doniseti!

(atualizado às 14:26 do dia 13/05/2012)


Esse final de 4a. temporada de 'Fringe' ainda deixou muitas dúvidas nos fãs do seriado, levando-os a fazer uma série de questionamentos e de reflexões sobre os fatos mostrados nos episódios finais. Vou comentar sobre alguns deles aqui:


1) Bell fará nova tentativa de destruir com os Universos e criar o seu?


Quando a ponte entre os Universos foi fechada, todos da Divisão Fringe pensaram que o Bell tinha fracassado nas suas intenções de criar o seu Universo. Mas, neste episódio final, vimos ele usar a Olívia como fonte de energia para destruir com os Universos e criar o seu. 

Assim, ele tinha dois planos imediatos para conseguir atingir os seus objetivos, mas ambos fracassaram. Mas, e Bell tiver um terceiro plano (o que não é de se duvidar...)? Bem, isso não pode ser descartado, mas teremos que esperar pela 5a. temporada para saber qual é. 


Até porque o Bell está preso no âmbar em 2036, tal como foi mostrado em 'Letters of Transit'. E daí surgem as questões: Como é que ele foi parar lá? E porque? Ele foi preso por alguém ou se prendeu ali? Terá sido o Walter o responsável por isso, já que (em 2036) ele tem o aparelho do âmbar em seu poder? Bell ajudou os Observadores a conquistar a Terra ou lutou contra eles? A julgar pela arma que ele criou e que a Jessica usou contra o September, conseguindo ferí-lo, é provável que ele tenha lutado contra, mas dúvidas é o que não faltam, como se percebe.


2) A Olívia estava diferente na cena em que falou sobre a sua gravidez para o Peter?


Penso que a Olívia estava diferente, sim, mas já em função da gravidez da Etta. 


Aliás, não duvido que isso já tenha afetado a Olívia nos fatos mostrados neste final de 4o .ano, quando os seus poderes aumentaram consideravelmente. Todos sabem que isso foi resultado do Bell ter usado o cortexiphan para ativar os poderes dela.


Mas será que foi somente essa ativação que 'aumentou' os poderes da Olívia ou isso já é um efeito da sua gravidez? Afinal, a Etta também terá poderes e habilidades consideráveis, tal como foi mostrado em 'Letters of Transit'. Um destes poderes, inclusive, e que a Olívia não possui, é o de bloquear o acesso dos Observadores aos seus verdadeiros pensamentos.


3) Quem são os 'outros' sobre os quais o September falou para o Walter, no final do episódio?


Estes 'Outros' são os Observadores, que estão se preparando para invadir a Terra do início do século 21, conquistá-la e, assim, exterminar com quase toda a Humanidade.


Aliás, será que o uso da expressão 'Outros', em 'Fringe', foi uma referência à 'Lost', onde os moradores da ilha que não estavam no avião eram chamados de 'Outros'? É provável.


4) Por que o September não previu que a Jessica iria prendê-lo ao chão?


Na terceira temporada, o próprio September disse (para o Walter) que não sabe tudo o que irá acontecer e que há limites aos seus conhecimentos. Logo, isso explica porque ele não previu que a Jessica iria prendê-lo ao chão usando as runas do êxtase . 


Aliás, September também estranhou o fato de que a Jessica tenha tido acesso a esse conhecimento sobre as runas do êxtase, pois este ainda não deveria estar ao alcance da Humanidade. 


Como se vê, o September não sabe de tudo, não, e já cometeu vários erros de avaliação. 


Aliás, ele não me convenceu nenhum pouco com aquele papo de que nunca disse para a Olívia que ela teria que morrer em todos os possíveis futuros da Humanidade. Para mim, esse foi outro erro dele.


5) O que aconteceu com a Nina-alt?


Ela foi presa no Universo Alternativo, tal como aconteceu com o Broyles-alt, pois ambos colaboravam com o Jones, ou seja, com o Bell, e acabaram descobertos pela Divisão Fringe de lá. 


6) O Observador-criança, que apareceu no episódio 'Inner Child' (1X15) seria o September?


Talvez.


Mas o problema desta hipótese, do Observador-criança ser o September, é que ambos se viram no final do episódio. 


Quando a mulher levava o Observador-criança no carro, apareceu o September na calçada, olha para ele e o garoto o reconheceu. Talvez eles tenham se comunicado telepaticamente naquele momento, inclusive. 


Então, o September estaria vendo a si próprio, quando criança? Difícil, mas não é impossível, é claro. 


Afinal, é como disse o Walter: 'Tudo é possível. Até Papai Noel!.


Mas, penso que a situação do Observador-criança ainda não foi esclarecida porque, de alguma maneira, talvez ela esteja relacionada com a trama que vimos em 'Letters of Transit', ou seja, a da conquista da Terra do século 21 pelos Observadores vindos da Terra devastada do século 27.


7) O uso da técnica de regeneração de tecidos, no episódio final do 4o. ano,  foi uma novidade na série?


Não, pois isso já tinha aparecido no episódio 'Piloto' do seriado.


Walter consegue recuperar John Scott, parceiro e namorado de Olívia no FBI, usando de uma técnica avançada de regeneração de tecidos. Embora isso não estivesse relacionado diretamente ao uso e aplicação do cortexiphan (pelo menos naquele momento) o tema em si não representa nenhuma novidade em 'Fringe', portanto. 

8) A bala que Etta acaricia durante o episódio 'Letters of Transit' seria a mesma que Walter retirou do cérebro de Olívia em 'Brave New World - parte 2'?


Sim, muito provavelmente é a mesma bala.


E até pelo close que deram na bala depois que o Walter a retirou da Olívia, eu cheguei à conclusão de que é a mesma.

Afinal, que outra bala poderia ter uma importância maior para a Etta do que essa, não é mesmo?

9) No episódio 'Letters of Transit', a Olívia não apareceu. Porque?

Não sabemos se, em 2036, Olívia está viva, morta, em outro Universo, na prisão (ela pode ter sido capturada pelos Observadores e é mantida presa) ou se está presa no âmbar. 

Mas a Etta disse que desde os quatro anos de idade que ela não via os pais. Então, a bala que ela guarda e leva consigo naquele colar deve ser uma lembrança que ela guardou da mãe, mesmo sem tê-la matado. Isso é uma maneira dela demonstrar que não esqueceu de Olívia e que ainda tem esperança de voltar a vê-la, pois Etta, claramente, desconhece qual foi o destino dela.


sábado, 12 de maio de 2012

''Fringe': 5a. temporada promete ser excelente! - por Marcos Doniseti"

'Fringe': 5a. temporada promete ser excelente! - por Marcos Doniseti" 




No final da terceira temporada, os produtores promoveram uma reviravolta monumental no seriado, pois ao dizer que 'Peter nunca existiu', eles não apenas mudavam o futuro da série, mas alteravam também o seu passado. 

Na época, entendi que isso era algo muito perigoso, pois a trama da 4a. temporada teria que ser coerente com uma história alterada, modificada, da Mitologia do seriado. 

Com isso, a possibilidade de se cometer erros de continuidade cresciam substancialmente. Porém, os roteiristas foram inteligentes e, ao adotar o conceito de Timeline Reescrita, eles evitaram mudanças radicais demais no passado do seriado. 

Isso reduziu substancialmente as chances de acontecerem erros e permitiu que a 4a. temporada mantivesse a coerência da Mitologia, embora houvesse algumas diferenças entre as duas Linhas Temporais (exemplo: na Timeline Original, Olívia tentou matar o seu padrasto, mas não conseguiu; já na Timeline Reescrita, ela o matou). 


Desta maneira, ficou mais fácil desenvolver os roteiros e a trama da Mitologia neste quarto ano, evitando-se que as histórias ficassem tão confusas que até os produtores acabariam se perdendo nas mesmas, o que, de fato, não aconteceu. 

E com isso os fãs da série puderam desenvolver um grau mínimo de entendimento a respeito do que estavam assistindo neste quarto ano, o que é essencial para segurar o público (não muto numeroso, é verdade, mas apaixonado e fiel) de 'Fringe'. 


E a fidelidade destes fringemaníacos foi recompensada com uma boa temporada, que cresceu muito na segunda metade, quando a série voltou ao mesmo padrão de qualidade das três temporadas anteriores, depois de uma primeira metade um tanto quanto irregular, na qual se alternaram episódios excelentes, com outros mais fracos (Wallflower - 4X07 - foi o mais fraco de todos, neste quarto ano, a meu ver). 


Mas, os episódios da reta final foram de 'arrebentar a boca do balão', ou do balacobaco, como se dizia anos atrás, e a trama da Mitologia do 5o. ano, que já foi,  basicamente, apresentada no episódio 'Letters of Transit' (o 'Piloto' da próxima temporada), promete ótimas histórias e episódios excelentes, permitindo que a última temporada da série seja ainda melhor do que a quarta. 

Seu conceito, que será desenvolvido na próxima temporada, que é o de uma Terra do futuro destruída pelos Observadores, que criam uma sociedade brutal, fria, ditatorial e criminosa, que tratam os seres humanos como sendo inferiores aos animais, e que enfrentarão uma Resistência pode vir a ser explorada de uma maneira a se gerar uma excelente temporada, inclusive na hora de se mostrar como é que isso aconteceu e o que poderá ser feito, pelos Resistentes, para reverter essa realidade


Assim, 'Fringe' tem plenas condições de encerrar a sua história na TV americana e mundial com chave de ouro, tornando-se uma série clássica. 


Que assim seja.

'Fringe' - Brave New World (parte 2): Adeus, Bell! Que venham os Observadores! - por Marcos Doniseti!

'Fringe' - Brave New World (parte 2): Adeus, Bell! Que venham os Observadores! - por Marcos Doniseti!

Brave New World (parte 2) encerra a 'Mitologia de Bell' e faz gancho com o futuro dominado pelos Observadores!


O episódio 'Brave New World - parte 2' começa com Bell mostrando para Walter uma visão do que seria o seu Universo. 

Ele diz que fez o Universo em 6 dias e que ele, Bell, demorou muito mais tempo. Ele diz que seu Universo é precioso, mas que ainda não está pronto. Bell diz que a criação deste Universo já começou e que ele não poderia mais interromper o processo, mesmo que desejasse e que ele não deseja isso.

Bell fala para Walter que, como cientistas que são, eles sabem que o Destino não é nada mais do que 'a convergência de um acúmulo de probabilidades em um resultado potencial'. Ele também fala que não existe intervenção divina neste processo de criação dos Universos, mas que foi Deus que levou Walter a encontrá-lo.

Olívia e Peter vão ao laboratório, mas não encontram nem Walter e nem Astrid. Peter vê a torta de limão na qual Walter testou o cortexiphan, que tem o poder de regenerar os tecidos, mas Peter não sabe disso.

Peter pergunta para Olívia se ela quer fala do 'truque mental de Jedi' que ela usou contra Jones e ela diz que sabe que tem esses poderes, mas que não consegue entendê-los e pensa que os mesmos se devem ao cortexiphan. Peter pede que ela se submeta a testes quando Walter voltar e ela concorda.

É impressão minha ou Peter teme os poderes de Olívia? Talvez ele tema tais poderes nem tanto por ele, mas pela própria Olívia, pensando que algo de ruim poderá acontecer com ela pelo fato de não entendê-los.

Jessica Holt telefona para Olívia e diz que está sendo seguida, mas não sabe por quem. Olívia diz que irá até lá. Na casa de Jessica, aparece September, que fica preso ao chão, sobre o desenho de um runa de êxtase.

Quando Peter e Olívia chegam à casa de Jessica, eles não a encontram e vêem um buraco no chão, onde se encontrava September. Olívia acha a carteira e o telefone de Jessica, dando a entender que ela foi sequestrada e que corre perigo. Essa foi uma jogada muito inteligente de Jessica, pois garante que Peter e Olívia continuem investigando o caso e acabem indo até o local em que ela deseja, de fato, encontrá-los.


Interessante é que, quando estão na casa de Jessica, em determinado momento aparece a imagem de um Pentagrama (estrela de 5 pontas) na parede da casa. Este é um símbolo que possui inúmeros significados, mas um deles diz que o mesmo representa a 'união fecunda, o casamento'. E no final do episódio ficará claro o motivo deste símbolo ter aparecido quando Peter e Olívia estavam na casa de Jessica.

Depois de serem informados do local para o qual Walter e Astrid foram, no porto de Boston, Olívia e Peter vão para lá. Quando eles chegam ao local, aparece uma imagem com os dizeres 'Eden, 2036'.

Eden refere-se aos planos de Bell, que aniquilar com os dois Universos e que deseja começar tudo novamente, criando um novo Universo. E 2036 é o ano em que vimos os acontecimentos de 'Letters of Transit', com os Observadores dominando a Terra depois de exterminar com quase toda a Humanidade.

Olívia pergunta para Peter qual a conexão existente entre o uso dos raios de sol para incendiar uma reserva de petróleo-gás e dos nano-robôs em seres humanos com os planos de criação de um novo Universo.

A conexão, que Olívia ainda não descobriu, é ativar ainda mais os seus poderes, que serão fundamentais para os planos de Bell, como se perceberá posteriormente.

Broyles informa Olívia que Astrid se encontra ferida e hospitalizada.

Olívia e Peter encontram September no armazém e aparece Jessica, com uma arma. Ela dispara vários tiros contra September e diz que ele consegue impedir de ser atingido pelos mesmos graças à tecnologia. Daí, ela saca outra arma (criada por Bell, é claro) que dispara mais rapidamente, e fere September. Mas quando atira em Olívia, esta consegue rebater as balas na direção de Jessica, que morre ali mesmo. Até September parece ficar surpreso com isso.

Aliás, ele também diz que Jessica não deveria saber como fazer para mantê-lo preso ao chão, usando do símbolo de uma 'runa de êxtase', pois tal conhecimento ainda está longe do alcance da Humanidade. Como se percebe, September não é tão bom, assim, em prever os acontecimentos, não é mesmo? No final do 3o. Ano ele disse que Peter nunca teria existido e, daí, vimos que o Peter jovem-adulto é que não tinha existido na nova Timeline Reescrita, mas o Peter-criança existiu, sim, e nos dois Universos, mas ambos morreram com 7 anos de idade. 


Outro momento muito interessante, e que permaneceu misterioso, foi quando Olívia pergunta para September sobre a vez em que ele disse que ela teria que morrer em todos os possíveis futuros e ele diz não se lembrar disso.

Será que essa arma inventada por Bell, que feriu September, não poderá ser usada no futuro conflito que acontecerá entre a Humanidade e os Observadores? Não duvido. Afinal, ela poderá ser produzida em grande escala para combater os planos de conquista dos mesmos. Ela foi uma espécie de 'presente involutário' que Bell deixou para trás.

E muito enigmática, para Peter e Olívia, foi a frase dita pelo September, de que espera voltar a tempo. Tudo indica que ele está se referindo aos planos de conquista da Terra do século 21 pelos Observadores, e que ele pretende retornar a tempo de ajudar a impedir que isso aconteça. Porém, naquele instante, Olívia e Peter não se dão conta à que ele está se referindo, é claro, pois tais planos ainda não são do conhecimento deles, pelo menos no ano de 2012.

Outro momento muito forte do episódio foi quando Jessica diz para Olívia 'Eu odeio crianças', pois Olívia disse que ela mentiu sobre uma suposta filha quando se encontraram. O desprezo com que Jessica diz essa frase é sensacional. Aliás, foi muito boa a participação de Rebecca Mader em 'Fringe'.

Aliás, notem mais uma semelhança entre Olívia e os Observadores: O cortexiphan têm a capacidade de regenerar tecidos, como vimos no episódio anterior, correto? E o September fala que não consegue se curar devido às runas de êxtase que o prendem ao chão. Então, os Observadores possuem a mesma capacidade do cortexiphan, que é a de regenerar os tecidos. E Olívia, tal como September, também conseguiu conter as balas disparadas por Jessica, mas de maneira ainda mais rápida do que o próprio September. Tudo isso se soma aos crescentes poderes de Olívia para mostrar que há uma forte conexão entre ela e os Observadores.

No laboratório, mesmo depois de morta, Jessica é interrogada sobre onde está Bell. A cena dela, revirando os olhos, é uma das melhores que já vi no seriado e lembra muito o que aconteceu no episódio 'Marionette', da 3a. Temporada, na qual uma jovem morta, Amanda Walsh, também foi temporariamente 'ressuscitada' por um médico.

Isso demonstra as conexões que existem entre os episódios de várias temporadas. É como se tudo que já foi mostrado na série pudesse ser, posteriormente, aproveitado e inserido na trama maior, na Mitologia da mesma. Não se desperdiça nada em 'Fringe'.

Inclusive, o aparelho levado por Nina ao laboratório para interrogar a falecida Jessica é, claramente, uma versão aperfeiçoada (pela Massive Dynamic, é claro) daquele antigo aparelho que Walter usou para ler os pensamentos do mini-Observador, na primeira temporada da série.

Olívia pergunta para Nina porque Bell a está ativando agora e ela responde que o motivo é que Bell precisa de algo que somente ela, Olívia, pode lhe dar. E o que é isso será devidamente esclarecido mais adiante no episódio.

No interrogatório, Jessica acaba dando algumas informações importantes, permitindo que Peter deduza que Bell e Walter estão em um navio. E Olívia acaba por matá-la de uma vez quando a toca, devido a uma forte carga elétrica que é desencadeada por ela mesma.

Enquanto fala, de maneira um tanto quanto desordenada, Jessica diz que gosta da sua bicicleta azul... Bem, na Internet, encontrei propaganda de uma bicicleta azul que diz assim “I LOVE MY BIKE BICYCLE BELL BLUE”. Notem a presença da palavra Bell na frase. Então, talvez a fala de Jessica seja uma referência a essa propaganda. (link: http://www.nycbicycleshop.com/bells/28-bell-action-soccer-ball.html). 

 
Jessica também diz que para destruir com os dois Universos e criar o seu, Bell precisa de uma fonte de energia e Olívia descobre (quando agita Jessica) que ela é essa fonte.

Walter pergunta para Bell qual foi o motivo dele fazer tudo isso e ele lhe responde que isso foi tudo ideia do próprio Walter, que ficou com ódio de Deus após a morte de Peter (ambos, já que nesta Timeline Reescrita os dois Peters morreram quando eram crianças) e que, por isso, ele tinha decidido criar o seu próprio Universo.

Mas depois, prossegue dizendo Bell, Walter se assustou quando descobriu que isso era possível (criar um novo Universo), mudou de ideia e pediu para que Bell retirasse um pedaço do seu cérebro a fim de impedir que ele colocasse tal ideia em prática. Mas, daí, foi o próprio Bell quem deu sequência a este projeto, pois ele chegou à conclusão de que se Deus fez o ser humano à sua imagem e semelhança, então é porque o mesmo pode vir a ser tornar um deus, se esse é o destino dos seres humanos, então isso deve se tornar realidade. Walter discorda, mas Bell fala que Walter sempre pensou assim (e ele, Bell, também...) embora discorde agora.

Assim, com este diálogo entre Bell e Walter, nós temos, finalmente, uma explicação para essa Mitologia que foi desenvolvida durante estas quatro temporadas de 'Fringe'. Este episódio representa, de fato, o fim dessa Mitologia. É claro que ainda há alguns detalhes que precisam ser esclarecidos, mas o quadro geral da Mitologia já está perfeitamente visível.

Nina fala para Broyles que pode-se usar Olívia para descobrir a exata localização de Bell, mas que não é possível desativá-la. 

Assim, fica subentendido que somente matando Olívia será possível impedir que Bell atinja os seus objetivos.

Olívia demonstra pessimismo com o que está acontecendo e fala que ela ainda é aquela criança sendo testada com cortexiphan, pois a Bell a utiliza para atingir os seus objetivos, mas Peter retruca, dizendo que, agora, ela não está sozinha, tal como acontecia quando era criança, e a abraça. Esta foi uma das mais belas cenas deste episódio, que é repleto de belas cenas, por sinal.

No navio, que está no epicentro desta tentativa de se criar um novo Universo, Bell revela para Walter que a fonte de toda aquele processo de destruição e de criação é Olívia.

Olívia, Peter e Nina vão ao local em que o navio se encontra, porém eles não enxergam nada, até que percebem que o navio pode estar no outro Universo. E como Peter é originário do mesmo e Olívia tem o poder de atravessá-los sem problemas, então os dois vão para o outro Universo e encontram o navio.

Enquanto isso, Walter tenta convencer Bell a parar com tudo aquilo, já demonstrando o seu desespero pois sabe que a única forma de interromper tudo será matando Olívia, o que ele quer evitar, é claro.

Como se percebe, os elementos desenvolvidos no seriado durante todos estes anos acabaram por ser reunidos de uma forma absolutamente coerente para dar um fechamento para a Mitologia do seriado. 

Assim, temos Peter sendo do outro Universo e desempenhando um papel importante na resolução da história; Olívia com o poder de passar de um Universo a outro sem dificuldades, o que também é usado no final; os dilemas de Walter, que se defronta com fatos que, no fim das contas, são de sua responsabilidade, já que foi ele que começou com tudo isso e, finalmente, as revelações sobre as reais motivações de William Bell (que, nas temporadas anteriores, era um personagem deliberadamente cinzento, ambíguo e indefinível), que percebeu que poderia desempenhar o papel de... Deus.

Todos estes elementos, que foram fundamentais nestas quatro temporadas de 'Fringe', estão presentes neste fechamento da Mitologia do seriado.

Inclusive, há uma cena em que Peter e Olívia se dão as mãos, antes de saltar do helicóptero, que me lembra um episódio do terceiro ano (Subject 13) no qual eles se encontram (ainda crianças, em Jacksonville), e sentem-se fortemente atraídos e no qual se percebe que o destino deles estava traçado para estarem sempre juntos, lutando para salvar Mundos e Universos afora.

Quando Peter e Olívia desembarcam no navio, Bell diz que não planejava ter seres humanos em seu Universo, mas os dois poderão ser o Adão e a Eva do mesmo. Enquanto isso, Bell faz todo um discurso, no qual explica para Peter (que ameaça matá-lo) que Olívia é a fonte de toda aquela destruição.

E é claro que Peter não tem coragem e nem ousa atirar em Olívia. Mas, Walter pega uma arma, coloca uma bala e... atira na testa de Olívia, levando Peter ao desespero, pois ela morre, é claro.

Com certeza, esse foi o clímax do episódio, da temporada e de todos esses quatro anos do seriado. Tudo que aconteceu, na Mitologia de 'Fringe', durante esse período, tem o seu encerramento na 'Arca de Bell' e o seu desfecho acontece ali mesmo.

No mesmo instante, a destruição dos Universos é interrompida e Bell demonstra surpresa com o que Walter fez. Mas, ele toca em um sino e some da presença de todos. Notem que Walter teve a chance de matar Bell, mas não o fez, talvez porque saiba da sua imensa responsabilidade em tudo o que aconteceu. Walter sabe que Bell não teria chegado tão longe se não fosse por eles, pelos projetos e pesquisas que Walter desenvolveu no seu passado.

Walter sabe que, no fim das contas, Bell é sua criação e foi por isso que ele não o matou.

E para onde terá ido William Bell, afinal? 


Eu não arriscaria a dizer que Bell morreu, não. Até porque ele está preso no âmbar em 2036. E tudo isso que aconteceu neste episódio explicou porque Walter ficou com tanto ódio de Bell, recusando-se a tirá-lo do âmbar.

Mas, Walter tem uma carta na manga e diz para Peter que se ele tirar a bala a tempo, Olívia poderá sobreviver. Peter retruca, dizendo que ela morreu e Walter responde dizendo que isso nunca o deteve. Walter sabe do que fala, pois ela está saturada de Cortexiphan (afinal, Bell o utilizou para ativar os poderes dela) e o mesmo tem o poder de regenerar os tecidos (inclusive o cerebral). E, assim, a bala é retirada há tempo e Olívia é salva.

Esse é Walter Bishop, o cientista para quem a morte é apenas uma incoveniência (ele já disse isso em um dos episódios). Quando se trata dele, não é possível dizer que alguém realmente morreu.

Walter sempre tem algo nas mãos que pode mudar o destino das pessoas e dos Universos.

Na temporada anterior, foi a Máquina (que ele construiu e que funcionava apenas quando conectada a Peter) que salvou a todos. Agora, foi o cortexiphan, droga que ele testou em Olívia quando criança, que salvou a vida dela mesma.

E no fim, temos a revelação que tantos fãs já esperavam, ou seja, a de que Olívia está grávida. Assim, Henrietta vem aí... E o Observador diz para Walter que 'eles estão vindo', levando-o a perguntar 'quem está vindo?'.

São os Observadores, Walter...

E isso mostra que, de fato, 'Letters of Transit' foi, mesmo, o episódio 'Piloto' da quinta temporada, tal como já escrevi aqui.

Aliás, o tema da quinta temporada tem tudo, sem dúvida alguma, para fazer com que ela seja excelente, permitindo que 'Fringe' seja encerrada com chave de ouro e deixando, definitivamente, a sua marca na história da TV mundial.

Que assim seja.


Obs: É claro que Walter não poderia deixar de fazer a sua piada e diz para September, quando este aparece no final do episódio, que ele não estava lá em função de um sandwich.... Este é o inigualável Walter Bishop. 

Obs.2: Nestas quatro temporadas, 'Fringe' mostrou que os conhecimentos e as tecnologias desenvolvidas por nós podem tanto ser fonte de criação, como de destruição. O Manifesto do ZFT já dizia que nossa Civilização seria destruída pelo excessivo desenvolvimento tecnológico. Assim, o seriado parece defender que deve ser feito um debate sobre a questão de se deve existir ou não um limite para a produção do conhecimento.

Mas, ao mesmo tempo que abre essa discussão, me parece que 'Fringe' adota um tom moderadamente otimista, pois, na série, parece que sempre existe uma maneira de se utilizar o conhecimento a fim de se resolver os problemas que a sua própria criação gera.

Obs3: Alguns fãs estão comentando que Olívia teria perdido os seus poderes. Mas isso não corresponde aos fatos. Tal como a própria Nina disse para a Olívia, na cena do helicóptero, ela sempre teve esses poderes. Mas eles precisavam ser ativados, que é exatamente o que o Cortexiphan faz, tal como ficou demonstrado pela maneira como Bell a utilizou nesta Timeline Reescrita e durante esta temporada.

Obs.4: Quero esclarecer que quando uso a expressão 'Adeus, Bell' no título do texto, não significa que penso que ele morreu ou que não irá mais aparecer na série. Muito pelo contrário. 

Ele deverá participar da próxima temporada, com cujos fatos ele tem conexão, pois está preso no âmbar, tal como vimos em 'Letters of Transit'. 

No caso, esse é um adeus à essa Mitologia específica que tivemos durante estas quatro temporadas de 'Fringe' e na qual o Bell foi, de fato, o principal jogador. Ele foi o Grande Mestre que fez as suas 'jogadas', tentando atingir certos objetivos, que foram revelados nesta reta final da 4a. temporada. 


Aliás, entendo que Bell é um personagem muito importante para a série e ele enriqueceria a trama da quinta temporada com a sua participação, sem dúvida alguma.


Mas, esse plano todo (essa Mitologia), que ele elaborou e colocou em ação, e que foi o centro da série durante grande parte destas temporadas, foi encerrado. 


Link:

O significado de cada runa:

http://www.devanagari.com.br/oraculos/runas/rn/r04.html