A 'Trilogia da Guerra' de Rossellini!
Roberto Rossellini dirigiu um clássico do Neorrealismo italiano, o fundamental 'Roma Città Aperta', em 1945, sendo que o mesmo foi filmado poucos meses após o fim da Segunda Guerra Mundial. A história do filme se passa em uma Roma ainda ocupada pelos nazistas, mas que havia sido declarada 'Cidade Aberta'.
Obs1: 'Cidade Aberta' era a expressão usada para uma cidade em que não existiria resistência caso ela fosse invadida e ocupada por uma força militar inimiga. Logo, quando os Aliados ocuparam Roma, em Junho de 1944, isso foi feito sem que fosse necessário travar uma batalha pela conquista da mesma.
Esta obra clássica, que ganhou o Grande Prêmio do Festival de Cannes de 1946 e divulgou o Neorrealismo para o mundo todo, mostrava a luta da Resistência italiana contra o Nazi-Fascismo, da qual participaram as principais forças políticas e sociais italianas: Comunistas, Socialistas, Democratas-Cristãos, Liberais e os Radicais do chamado 'Partido de Ação'.
Os protagonistas do filme eram pessoas comuns, representações do povo italiano, tal como um padre católico (Dom Pietro), um líder da Resistência (o comunista Manfredi), uma dona de casa (Pina) e até mesmo jovens e adolescentes.
Com o belo 'Roma Città Aperta', Roberto Rossellini iniciou a sua chamada 'Trilogia da Guerra' e o filme recebeu vários prêmios nacionais e internacionais (nos EUA, Japão, Itália).
Logo depois, em 1946, Rossellini dirigiu 'Paisà', filme que mostra o desenvolvimento da campanha militar dos Aliados pela Itália entre Julho de 1943 e Abril de 1945 e que foi dividido em seis episódios, começando com a invasão da Sicília pelos EUA e pela Grã-Bretanha.
No filme de Rossellini, esta longa e sangrenta guerra pelo controle da Itália termina mostrando a luta de um grupo de Partisans (Guerrilheiros) contra os nazi-fascistas no Norte da Itália, que foi dominada pelos alemães entre Setembro de 1943 e Abril de 1945, quando a Resistência e os Aliados, juntos, conseguiram derrotar os nazi-fascistas. No final de Abril de 1945, poucos dias antes de Hitler cometer suicídio, Mussolini e a sua amante (Clara Petacci) acabaram sendo presos e fuzilados pela Resistência italiana.
Neste período de dezenove meses, o Norte da Itália foi ocupado militarmente pelos nazistas alemães, pois a região era estratégica, já que a mesma fazia fronteira com a Alemanha.
A forte presença militar alemã na região tornou possível instalar um governo fantoche, chamado de 'República Social Italiana' (República de Saló, pois a sua capital era esta pequena cidade do norte italiano) e que era totalmente dominado pelos Nazistas. Mussolini e os fascistas italianos não mandavam nada.
Já em 'Germania Anno Zero', que é o terceiro filme desta clássica Trilogia, Rossellini mostra qual era a situação da Alemanha logo após o final desta Guerra, do povo de Berlim, em especial, que é onde se desenvolve a história do filme.
Com o término da Guerra os Aliados colocaram os alemães para trabalhar na reorganização e reconstrução das cidades. |
'Alemanha Ano Zero' foi filmado em 1947, dois anos após a rendição alemã (que ocorreu em Maio de 1945), quando a situação do povo alemão era catastrófica, com as suas cidades transformadas em ruínas (devido aos bombardeios dos Aliados, dos EUA e Grã-Bretanha, principalmente) e em um momento no qual a população alemã enfrentava dificuldades imensas até para conseguir se alimentar.
Entre os principais problemas enfrentados pelos alemães, neste período, e que são mostrados no filme, nós temos:
Desemprego.
Fome.
Miséria.
Falta de moradias.
Saúde pública em péssima situação (hospitais lotados).
Prostituição.
Racionamento de energia.
Corrupção.
Menores abandonados envolvidos em atividades criminosas.
Algumas pessoas até poderiam dizer que estas realidades ainda existem em muitos países pobres e atrasados do mundo atualmente (incluindo o Brasil), mas aqui nós estamos comentando a respeito da Alemanha, que era a maior economia da Europa desde 1900, sendo a principal potência industrial e militar do Velho Mundo desde o início do século XX, pelo menos.
Portanto, os alemães não estavam acostumados em vivenciar e em enfrentar uma realidade tão brutal quanto aquela que Hitler e os nazistas deixaram de herança para eles.
No início do filme temos um diálogo entre duas senhoras idosas que mostra o estado de espírito de muitos alemães naquele momento e no qual uma delas diz que está cansada de todas as dificuldades que estão enfrentando, ao que a outra responde que, neste caso, ela deveria pular em uma das covas que estavam sendo cavadas no local.
A trama de 'Alemanha Ano Zero'!
A história do filme gira em torno de um adolescente (Edmund Kohler) que vive com o pai, a irmã e um soldado foragido do Exército alemão (Karl-Heinz) em uma residência pertencente a outra família (os Rademachers). Cinco famílias vivem na casa, pois assim elas podem dividir as despesas (da energia, por exemplo, que era racionada).
Mas não existe muita solidariedade entre estas famílias, pois todas tem muito pouco de tudo (roupas, alimentos) e mesmo entre os integrantes de uma mesma família ocorrem conflitos em função disso. Também é comum que os integrantes de uma família reclamem do comportamento dos integrantes de outra.
Está mais do que evidente que estas famílias não moram juntas porque gostam disso, mas porque são obrigadas. Isso é algo imposto pela realidade de devastação que afeta a Alemanha e seu povo naquele momento histórico. Em uma situação normal, com cada família vivendo em suas casas, é muito provável que os integrantes de tais famílias sequer cumprimentassem uns aos outros quando se cruzassem nas ruas.
Karl-Heinz, por exemplo, que é o irmão mais velho de Edmund, teme ser punido pelos Aliados em função do fato de que participou de uma unidade do Exército alemão que foi responsável por inúmeros crimes e atrocidades durante a Guerra, principalmente na Frente Oriental, na brutal e genocida guerra que os alemães travaram contra a URSS.
Em função disso, ele vive escondido na residência já apinhada e se recusa a regularizar a sua situação junto à Polícia, o que impede que ele receba qualquer ajuda do Governo.
Edmund anda por uma Berlim devastada, em um cenário pós-apocalíptico. A cidade parece um deserto urbano. |
Desta maneira, Karl-Heinz consome bens e serviços que são essenciais para a sobrevivência da família, mas não colabora com nada, motivo pelo qual é criticado até mesmo pelo seu próprio pai, que vive dizendo que ele deveria deixar o medo de lado e procurar a Polícia para regularizar a sua situação. E quando ele faz isso, mais para o final do filme, nada lhe acontece. Nenhuma punição lhe foi aplicada pelos Aliados. Mas neste momento o seu pai já está morto.
Afinal, se os Aliados fossem punir todos os alemães que cometeram crimes de Guerra, então milhões de homens alemães adultos teriam sido acusados, julgados, condenados e ficariam muitos anos na prisão.
Os EUA, os crimes nazistas, a Alemanha e a Guerra Fria!
Essa impunidade generalizada aconteceu porque a estratégia política dos EUA no Pós-Guerra, que priorizou a 'Guerra Fria' contra a URSS, acabou fazendo com que apenas alguns poucos líderes do Nazismo fossem, de fato, acusados, julgados e condenados pelos horripilantes crimes que haviam cometido, o que ocorreu no chamado 'Julgamento de Nuremberg'.
Obs2: Há um excelente filme a respeito do Julgamento de Nuremberg, que foi dirigido por Stanley Kramer ('Julgamento de Nuremberg', de 1961). É um filme longo, mas excelente. Recomendo.
No Pós-Guerra, os EUA necessitavam de uma Alemanha que desfrutasse de estabilidade política e que pudesse ser reconstruída economicamente, para transformar a nação germânica em sua aliada neste conflito contra os soviéticos e que vai durar até o fim da URSS, em 1992.
Então, punir milhões de alemães pelos crimes cometidos durante a Guerra estava fora de questão.
Rademacher é o dono da residência em que vivem cinco famílias. Apesar de enfrentarem dificuldades em comum os conflitos entre elas são frequentes. |
A 'Guerra Fria' começou a esquentar, mesmo, com a criação e implantação do 'Plano Marshall' (em 1948), que garantiu que a Europa Ocidental fosse reconstruída, bem como fez com que os países da região se tornassem dependentes economicamente dos EUA. Também tivemos a criação da Alemanha Ocidental, em 1949, que reuniu os setores americano, britânico e francês em um único país.
Neste processo, os EUA também promoveram a criação da OTAN (1949), uma aliança militar ocidental que era controlada pelos EUA e que submeteu a Europa Ocidental, política e militarmente, aos interesses estratégicos ianques.
Do lado soviético, a criação da Alemanha Oriental, do COMECON (bloco econômico) e do Pacto de Varsóvia (aliança militar) foram as respostas do governo liderado por Stalin a estas iniciativas do governo de Harry Truman.
Logo, a Europa foi dividida em dois blocos políticos e ideológicos, sendo o Capitalista dominado pelos EUA e o Socialista dominada pela União Soviética.
O contexto histórico do Filme!
Mas o filme de Rossellini trata de um período que antecede ao início da Guerra Fria, numa época em que os países vencedores da Segunda Guerra Mundial ainda não haviam decidido o que fazer com a Alemanha.
Nesta época, a destruição que a Guerra, iniciada por Hitler com a invasão da Polônia (em 01 de Setembro de 1939), havia provocado no país ainda era visível nas cidades alemãs, que estavam em ruínas.
Com isso, a vida dos alemães nos primeiros anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, em especial no período 1945-1949, foi extremamente difícil. Cidades devastadas, infra-estrutura destruída (sistemas de energia, transportes, comunicações precários), falta de alimentos, insuficiência de hospitais e carência generalizada de produtos básicos (até para conseguir um fósforo era difícil) eram características da Alemanha neste período.
E a situação poderia ter sido ainda pior se os integrantes da Wermacht e Albert Speer tivessem obedecido à ordem de Hitler de destruir tudo, no país, em 1945, quando os Aliados (EUA, Grã-Bretanha e URSS) começaram a penetrar no território do Reich Nazista. A ordem era tão absurda que ela foi ignorada por quase todos.
Os Kohlers e o caos dos primeiros anos do Pós-Guerra!
A família Kohler, que é a protagonista do filme de Rossellini, resume a situação dos alemães na época.
Os Kohlers conseguem sobreviver em condições muito difíceis e não sabem sequer se eles terão o que comer no dia seguinte. E para agravar ainda mais uma situação que já é catastrófica, a família é obrigada a cuidar e sustentar de um pai já idoso e doente.
Eva, a irmã de Edmund, ainda consegue obter alguns cigarros (que eram usados como se fosse dinheiro naquela época e que por isso eram muito desejados por todos) ao fazer companhia para homens em bares, mas ela se recusa a se prostituir, como milhares de outras mulheres faziam, naquele momento, na própria Alemanha e por toda a Europa, sendo que na Itália este se tornou um problema crônico, o que foi mostrado em vários filmes Neorrealistas.
Obs3: A respeito disso, cito o ótimo filme 'Il Bandito/O Bandido' (1946), de Alberto Lattuada, sobre o qual já escrevi e publiquei um texto aqui no blog, no qual um soldado italiano que regressa da Guerra decide se tornar um bandido depois que descobriu que a sua irmã, que é assassinada logo após o seu retorno, havia se tornado uma prostituta para poder sobreviver.
E mesmo a família (os Rademakers) que é proprietária da residência onde vivem os Kohlers é obrigada a vender seus bens para poder sobreviver. Assim, o dono da casa encarrega Edmund de vender uma balança. Os Rademachers também fazem um 'gato' no local, desviando energia elétrica, pois esta era racionada e quando o consumo excedia o limite estabelecido pelo Governo o fornecimento era cortado.
Para poder ajudar a sua família, Edmund tenta trabalhar, a fim de ganhar algum dinheiro, mas os adultos não permitem que ele faça isso por ser muito jovem, pois ele tinha apenas doze anos e e era necessário ter quinze para fazer algum trabalho. Ele também sempre tenta levar alguma coisa para a sua casa (carvão, cigarros), mas isso também é muito difícil.
Com isso, Edmund acaba se envolvendo com um grupo de menores abandonados, que vivem em ruínas dos edifícios de Berlim, e que sobrevivem graças a roubos e golpes que aplicam diariamente pela cidade. Com isso, ele começa a dormir fora de casa, passando as noites nas ruas, o que o leva a ser repreendido por seu pai. Aliás, este é um dos poucos adultos do filme que faz críticas ao Nazismo, dizendo que perdeu vários filhos em função da Guerra.
Entre estes menores de rua nós temos uma bonita garota (Christi) e um adolescente (Jo) que já é muito experiente em aplicar golpes e furtar outras pessoas pela cidade. Um dos truques de Jo era o de se aproximar de mulheres no metrô e falar que estava vendendo 'perfumes', sendo que quando elas mostravam o dinheiro para comprar o mesmo, Jo pegava a nota e saia correndo.
Outra atividade que o garoto (12 anos) Edmund desenvolve é o de fazer pequenos trabalhos para um ex-professor (Henning) que, agora, e junto com outros adultos, explora inúmeras crianças e adolescentes para vender produtos ilegais (era o chamado 'mercado paralelo' em plena atividade).
Esse ex-professor, que é um saudosista dos tempos áureos do Nazismo, encarrega Edmund de vender um disco, no qual temos um discurso de Adolf Hitler, por 200 marcos alemães para dois soldados.
Eva, ao centro, rejeitou a prostituição, que era a maneira pela qual milhares de mulheres alemãs 'ganhavam a vida' num país devastado pela Guerra e na qual a miséria era generalizada. |
A cena em que o disco é tocado é muito interessante, pois neste discurso o perverso e brutal Adolf Hitler falava que a Alemanha sairia vitoriosa da Guerra. Esse discurso é ouvido por um pai e seu filho nas ruínas de um edifício, onde a venda aconteceu. E o pai, velho e alquebrado, balança a cabeça, negativamente, demonstrando o quanto Hitler e os Nazistas haviam enganado o povo alemão com as suas promessas de vitórias, glórias e grandeza para a Alemanha.
Este ex-professor fica sabendo que o pai de Edmund está doente e que não tem como ajudar na sobrevivência da família e acaba sugerindo ao garoto que mate o próprio pai, pois assim a situação dos demais integrantes da família irá melhorar, pois terão uma boca a menos para alimentar, o que é uma ideia tipicamente nazista.
Com isso, Edmund fica pensativo e à medida que a situação de sua família vai piorando, ele decide colocar esse plano em prática. Para isso, ele se utiliza de um veneno que pega de um hospital, no qual o seu pai havia ficado internado por alguns dias, e coloca o mesmo em um chá. Assim, seu pai bebe o chá envenenado e acaba morrendo.
Obs4: Tal ideia, de que pessoas doentes que não contribuíssem para a riqueza da nação deveriam ser eliminadas, era defendida pelos Nazistas, que a colocaram em prática. Por isso mesmo é que milhares de 'vagabundos', mendigos, bêbados, prostitutas e até pessoas que tivessem alguma deficiência (física ou mental) acabaram sendo mortas pelo regime Nazista. Então, ao dar essa sugestão para Edmund, o ex-professor estava apenas demonstrando o quanto essa ideia brutal e criminosa havia penetrado na consciência do povo alemão. Afinal, para quem matou milhões de judeus, eslavos e integrantes de outros povos, uma pessoa a mais ou a menos não faria diferença.
Neste aspecto, fica claro no filme que existe uma conexão entre o desespero de Edmund com a realidade trágica em que ele e a sua família vivenciam com a própria tragédia que se abateu sobre a Alemanha.
Henning, à direita, conversa com um antigo amigo. Ambos eram Nazistas e lamentam o que aconteceu com o país, mas não demonstram qualquer arrependimento pelo que fizeram. |
Os alemães, desesperados por superar a sucessão de humilhações que atingiram o seu país nos 20 anos anteriores (Derrota na Primeira Guerra Mundial; Hiperinflação; Grande Depressão; Desemprego em massa) acabaram se voltando para um movimento liderado por fanáticos e extremistas (os nazistas, é claro) que prometia a redenção nacional, que prometeram que a Alemanha voltaria a ser uma Nação poderosa, respeitada e temida novamente.
E da mesma forma que a vida de Edmund, essa experiência histórica também terminou em tragédia.
No fim, todas essas catástrofes e tragédias irão levar Edmund a tomar uma decisão radical e extrema.
Portanto, Rossellini deixa claro, neste belo filme, que a destruição que Hitler e o Nazismo provocaram na Alemanha não foi apenas de ordem material (cidades destruídas, falta de alimentos, etc), mas também de caráter espiritual, atingindo em cheio a alma do povo alemão.
Logo, não foi à toa que, na época, os alemães não gostaram de 'Alemanha Ano Zero', pois não são todos que gostam de ver a sua alma exposta desta maneira.
Apesar disso, nota-se que Rossellini não submete os alemães a um julgamento de ordem moral. 'Alemanha Ano Zero' não é uma versão filmada do 'Julgamento de Nuremberg'.
Rossellini mostra, no entanto, que os alemães fizeram certas escolhas e tiveram que suportar as consequências que elas geraram, da mesma forma que aconteceu com Edmund.
Edmund junto com a garota Christi e com Jo, adolescentes abandonados que viviam, sozinhos, em meio às ruínas de Berlim. |
Assim, é interessante observar, aliás, que o pai de Edmund era contrário ao Nazismo.
Então, da mesma forma que o Nazismo destruiu a Democracia e aniquilou as Liberdades do povo alemão para chegar ao poder a fim de levar adiante o seu projeto de reerguer a Alemanha no cenário mundial, Edmund matou seu próprio pai para tentar melhorar a vida de sua família.
Logo, tanto a Alemanha, quanto o adolescente Edmund, fizeram escolhas equivocadas e ambos tiveram um destino trágico.
Características do Neorrealismo que estão presentes em 'Alemanha Ano Zero'!
Neste clássico filme 'Alemanha Ano Zero', de Rossellini, temos a presença de vários dos elementos fundamentais do Neorrealismo, tais como:
A) O uso de não-atores, de pessoas comuns do povo alemão, interpretando os personagens;
B) Filmagens em cenários reais, com Rossellini indo até Berlim para realizar as mesmas. Porém, uma parte das cenas foi feita em cenários construídos, o que levou Rossellini a ser criticado por defensores do Neorrealismo;
C) Mostrar a realidade (ou uma representação da mesma) em que as pessoas viviam, sem edulcorar a mesma;
D) A fotografia realçava a realidade, mostrando a destruição de Berlim e das cidades alemãs. No filme elas se parecem com imensos desertos urbanos, mostrando um cenário pós-apocalíptico;
E) Presença de elementos típicos dos Documentários, o que é comum nos filmes Neorrealistas, principalmente nas obras de Rossellini.
Informações Adicionais:
Título: Germania Anno Zero (Alemanha Ano Zero);
Diretor: Roberto Rossellini;
Roteiro: Roberto Rossellini, Carlo Lizzani, Sergio Amidei;
Duração: 74 minutos;
País de Produção: Itália; Ano de Produção: 1948;
Fotografia: Robert Juillard; Música: Renzo Rossellini;
Elenco: Edmund Moeschke (Edmund Kohler); Ernst Pittschau (Pai de Edmund); Ingetraud Hinze (Eva, irmã de Edmund); Hans Sangen (Sr. Rademacher); Karl Kruger (Médico); Barbara Hintz (Thilde); Franz-Otto Kruger (Karl-Heinz); Jo Herbst (Jo); Erich Guhne (Professor Henning).
Prêmios:
Vencedor do Grande Prêmio do Festival de Locarno de 1948.
Melhor Roteiro Original no mesmo Festival de Locarno.
Links:
Texto sobre o filme 'Roma, Cidade Aberta':
http://popeseries.blogspot.com/2017/04/roma-cidade-aberta-em-classico-do-neo.html
Texto sobre o filme 'Il Bandito' (O Bandido):
http://popeseries.blogspot.com/2017/05/il-bandito-alberto-lattuada-mostra-o.html
Texto sobre o filme 'Alemanha Ano Zero':
https://ajanelaencantada.wordpress.com/2013/11/15/germania-anno-zero-1948/
Trecho do Filme:
Nenhum comentário:
Postar um comentário