'Fringe': She's Your Olívia!- por Marcos Doniseti!
Este foi um belíssimo episódio de 'Fringe'. Com certeza, ele foi um dos mais tocantes e emotivos da história da série. Em pelo menos dois momentos cheguei a ficar inteiramente arrepiado: quando September confirmou que 'She's Your Olívia' e quando os dois se abraçaram e se beijaram no final do episódio.
E como já era do conhecimento, praticamente, de todos os fãs, confirmou-se que Peter sempre esteve em casa.
O Walter e a Olívia atuais são os mesmos que vimos nas temporadas anteriores, apenas que eles não tinham a memória da existência de Peter até a fase adulta. Quando ele retorna à mesma Timeline, as memórias e lembranças de sua existência anterior vão retornando, principalmente no caso de Olívia, cujo envolvimento com Peter sempre foi muito mais forte e mais íntimo do que no caso dos demais personagens, já que os dois haviam se envolvido romanticamente anteriormente, o que voltou à acontecer agora. É por isso que ela diz que parece que sempre conheceu Peter.
E as memórias atuais de Olívia vão sendo apagadas e substituídas por suas memórias anteriores, que são as verdadeiras, tal como no exemplo citado anteriormente por Astrid da fita VHS, na qual você faz uma gravação sobre uma outra, anterior, terminando por apagá-la.
O caso investigado por Olivia, Walter e Lincoln, propriamente dito, foi totalmente secundário e serviu apenas como elemento necessário à solução do problema maior: O de fazer Peter descobrir que já está em casa, com a sua Olívia, com o seu Walter, com a sua Fringe Division, na sua Timeline, e que Olívia não deve temer as memórias que se apossam da sua mente, pois elas são suas, são reais, ela as vivenciou, embora ela ainda não saiba disso.
Mas, achei muito interessante que quando o assassino domina as mulheres às quais ataca, ele consegue obter carinho delas por apenas alguns segundos. Depois disso, elas começam a gritar e tentam fugir e, daí, ele acaba por matá-las.
É como se ele procurasse apenas por alguns momentos de 'amor verdadeiro'.
Mesmo as frases ditas por Dianna e pelo assassino, chamado Anson Carr, e os diálogos de Olívia com eles estavam intimamente relacionados com a vida de Olívia, com as suas lembranças e angústias em relação à Peter, e com a solução da situação deste.
Um exemplo disso, e que foi um momento muito emotivo, ocorreu quando Olívia perguntou ao assassino: 'Sabe quanta dor causou?'. É claro que, naquele momento, esta é a pergunta que ela gostaria de fazer para Peter, que a tinha abandonado.
Também gostei muito da frase, em grego, dita pelo Peter, na qual ele diz que precisaria ser melhor do que o seu pai. Esta era a frase que Elisabeth (a do Universo Azul) dizia para Peter-criança e que Olívia falou quando retornou do Universo Vermelho, depois de ter se encontrado com William Bell.
Agora, se alguma vez eu fiquei com dó de um personagem, então isso aconteceu neste episódio, com o Lincoln. Percebe-se, claramente, que ele está perdidamente apaixonado pela Olívia e, ao mesmo tempo, ele sabe que não tem chance nenhuma com ela, pois Olívia somente tem olhos para o Peter.
Em uma cena na qual Olívia diz para Lincoln que o alvo do assassino são casais que encarnam o tipo de amor que ele deseja: sólido e verdadeiro. Ao ouvir isso, Lincoln faz uma expressão na qual ele deve ter pensado algo como “Eu quero o mesmo que ele, e quero que seja com você, Olívia”. Mas é claro que ele não tem como declarar o seu amor por ela.
E é por isso que, depois, o assassino disse para Olívia que ela exalava o 'cheiro de Amor'. Afinal, ela é amada pelo Peter, Lincoln e, também, mas de uma outra maneira, pelo Walter.
No fim, entendo que se confirma a tese de que Walter, Peter e Olívia
constituem uma família, se amam intensamente e sempre irão fazer de tudo
para ficarem juntos, não importando o que tenham que fazer.
A questão, que deverá ser respondida neste final de temporada, é se o maior desejo de Walter, Peter e Olívia será atingido ou não.
A julgar pelos índices mais recentes de audiência da série, estes oito episódios finais do quarto ano podem muito bem vir a ser, infelizmente, os da reta final do seriado.
Entendo que não estarei sendo injusto se eu disser que essa quarta temporada não está no mesmo nível de qualidade das três primeiras temporadas que, talvez, jamais serão superadas ou mesmo igualadas, e que ela alterna episódios excelentes com outros medianos.
Mas o fato é que são episódios como esse que irão deixar, com certeza, muitos fãs tristes caso o cancelamento (precoce, a meu ver) da série seja confirmado ao final desta temporada.
Valeu, Fringe!
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